Debate: O impasse brasileiro e uma possível saída

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País estará condenado a oscilar entre “ajustes fiscais” regressivos e “desenvolvimento” capitalista desigual e devastador? Haverá alternativas? Observatório da Sociedade Civil e Outras Palavras convidam a debater, em 29/7

Quando: Quarta-feira, 29/7, a partir das 19h30

Onde: Ateliê do Gervásio: Rua Conselheiro Ramalho, 945 (veja mapa), Bixiga, S.Paulo — Metrô São Joaquim ou Brigadeiro

Informações completas aqui

O Brasil vive hoje um impasse político, econômico e social. Pressionado pelo prolongamento da crise internacional, o governo Dilma Rousseff adotou um “ajuste fiscal” regressivo, ao mesmo tempo em que mantém um modelo de desenvolvimento calcado em obras faraônicas e apoio ao agronegócio predatório, colocando em risco o meio ambiente e atacando os direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais. Por outro lado, a oposição de direita, cuja visão econômica é uma ameaça ainda mais perigosa para os direitos sociais, utiliza as investigações de corrupção em curso para tentar inviabilizar o governo, com amplo apoio da grande mídia.

Há alternativas – ainda que ocultas pela imprensa – a esse falso dilema. Em todo o país, organizações e movimentos sociais desenvolvem projetos que demonstram: existem outros caminhos para um desenvolvimento socialmente justo, que respeite as tradições dos povos originários e promova uma relação responsável com a natureza. São ações que estão em linha com a Carta de Santa Cruz, documento final do Encontro Mundial de Movimentos Populares, que defende a superação de um “modelo social, político, econômico e cultural onde mercado e o dinheiro se converteram nos reguladores das relações humanas em todos os níveis”. A preocupação também aparece na encíclica Laudato Si, em que o Papa Francisco adota uma postura importante em defesa da justiça social e da preservação do meio ambiente.

Vários exemplos dessas iniciativas estão no livro Caminhos para um Desenvolvimento Justo – A sociedade civil na linha de frente da luta socioambiental, lançado recentemente pelo Observatório da Sociedade Civil. Por meio de quatro reportagens, a publicação traz as ameaças e saídas encontradas pela cidadania organizada na região amazônica, no cerrado, no semiárido e em grandes metrópoles brasileiras. São ações que desenham os contornos de um outro paradigma de desenvolvimento, que deixe de lado o consumismo e valorize a democracia, a participação social e o saber local.

Para divulgar e aprofundar as discussões trazidas pela publicação, o Observatório da Sociedade Civil e o Outras Palavras promovem o debate “Impasses brasileiros: alternativas da sociedade civil para o desenvolvimento socioambientalmente justo”. O evento contará com nomes da sociedade civil organizada que estão discutindo um outro paradigma de desenvolvimento. Em comum, as trilhas propostas passam por uma radical ampliação da democracia, com mais participação e protagonismo dos/as cidadãos/ãs e outra concepção de economia.

Confira a programação do debate:

Debatedores:

Antonio Martins, editor do site Outras Palavras

Ivo Lesbaupin, diretor-executivo da Abong

Natalia Szermeta, da coordenação estadual do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto)

Paulo Junqueira, coordenador adjunto do Programa Xingu do Instituto Socioambiental (ISA)

Mediação: Bianca Pyl, jornalista e autora da reportagem Caminhos para um Desenvolvimento Justo

 

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Um comentario para "Debate: O impasse brasileiro e uma possível saída"

  1. josé mário ferraz disse:

    A coisa mais fácil do mundo é por as coisas em ordem. Basta que a juventude se inteire da ameaça a que está exposta e queira se livrar do que vem por aí. A melhor maneira de fazer isso é bandeirar para o lado do juiz Sergio Moro, promotoria pública e polícia federal.

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