Um passo contra o desmatamento da Amazônia?

O Incra prepara licitação para “o maior serviço de georreferenciamento já feito no Brasil”

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Em julho de 2008, sob uma chuva de críticas, o Congresso aprovou a Medida Provisória (MP-422). Proposta pelo Palácio do Planalto, ela permitiu a regularização de terras griladas (ocupadas ilegalmente) na Amazônia. Propriedades de até 1,5 mil hectares foram beneficiadas, o que desmentiu o argumento segundo o qual a medida tinha por objetivo favorecer pequenos agricultores. O governo alegou que a legalização era a única forma de enfrentar o desmatamento e outras ilegalidades: não é possível fiscalizar ou punir proprietários desconhecidos.

Agora, o Incra anuncia, para o próximo dia 8, um pregão para contratar o que seria maior serviço de georreferenciamento de terras já feito no país. Numa primeira fase, serão mapeados 100 dos 296 mil imóveis que, acredita-se, poderão ser regularizados na Amazônia. Estariam no alvo precisamente os 173 municípios que, segundo o ministério do Meio-Ambiente, mais desmatam no país.

Outras Palavras propõe levantar dados sobre o significado da medida. O georreferenciamento que o Incra quer promover é adequado para fiscalizar o desmatamento? De que outras ações ele precisa estar acompanhado? A novidade significa que tem seriedade a promessa do governo, de reduzir drasticamente as queimadas e a devastação na Amazônia, inclusive como parte do esforço contra o aquecimento global?

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2 comentários para "Um passo contra o desmatamento da Amazônia?"

  1. JULIO SPÍNOLA disse:

    Não sou contra o desmatamento como mostrado sensacionalistamente na Amazônia. No entanto, ao comprar móveis e madeiras para construção da nossa floresta preterindo as de reflorestamento como o Pinus e Lyptus eu me equiparo ao consumidor de drogas que as compra do morro e critico a polícia por não reprimi-la.
    O grande embate que está ocorrendo agora é mais de impedir que exploremos nossas florestas sustentávelmente como o Canadá o faz em larga escala.
    NO CANADÁ DESMATAM 15 A VINTE VEZES MAIS QUE NA NOSSA AMAZÔNIA E MESMO ASSIM, O GREENPEACE VEM NOS QUERER ENSINAR AS LIÇÕES DE CASA.
    O Canadá, com sua indústria madeireira de exportação derruba de 33.000 a 60.000 KM2 ao ano de suas florestas nativas enquanto no ano de 2010 desmatamos somente 1800 km2 de florestas para nossa industria madeireira.
    A diferença é que lá eles deixam a floresta se recuperar e aqui, não.
    O nosso ritmo de crescimento de Pinus, por ex. é de 6q7 anos enquanto no Canadá e Europa o mesmo só desenvolve o mesmo tamanho para corte aos 30 anos de plantado.
    Este é o receio do Canadá: que nos tornemos um player imbatível nas exportações de madeira para construção, de reflorestamento. Nosso sistema edafoclimático permite uma produtividade quase cinco vezes maior.
    O TERRITÓRIO DE DOIS SERGIPES E MEIO PLANTADOS EM PINUS SUBSTITUIRIAM TODA A EXPORTAÇÃO MADEIREIRA DO CANADÁ POR MADEIRAS DE REFLORESTAMENTO.
    TUMULTUAM AQUI PARA NÃO TEREM CONCORRENTES LÁ!!!!!

  2. Paulo Cézar Vasconcelos disse:

    This document no is very nice!!!

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