Varoufakis: o mundo após o fim do Minotauro Global

Em obra recém publicada no Brasil, ex-ministro grego sustenta: ordem econômica presidida pelos EUA não se recuperará. Mas todas as alternativas seguem incertas e insatisfatórias

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Por Yanis Varoufakis | Imagem: Edward Burne-Jones, Teseu e o Minotauro no labirinto (1861)

Este texto é o posfácio de O Minotauro Global — a verdadeira origem da crise financeira e o futuro da Economia –, editado no Brasil pela Autonomia Literária, parceira de “Outras Palavras”

Agora somos um império e, quando agimos, criamos nossa própria realidade. E enquanto vocês estão estudando essa realidade – judiciosamente, como o farão – nós iremos agir novamente, criando outras novas realidades, as quais vocês podem estudar, e isso é como as coisas irão se desenrolar. Somos atores da história (…) e vocês, todos vocês, vão limitar-se a estudar o que fazemos.[1]

Com estas palavras, um oficial norte-americano de alto escalão captura bem a essência da magnífica audácia da Casa Branca no pós-guerra. Não uma vez, mas duas vezes, os Estados Unidos despedaçaram realidades pré-existentes para criar outras novas. Na primeira vez, eles não tinham escolha. A Segunda Guerra Mundial empurrara os Estados Unidos a assumir o papel de um relutante modelador de realidade. Eles responderam de forma brilhante, com um Plano Global que produziu o melhor momento do capitalismo global. E quando seu Plano Global atingiu o prazo de validade, os Estados Unidos não gastaram nenhum minuto hesitando ou “estudando” a realidade existente.

Em vez disso, eles buscaram ativamente desintegrar a realidade que se degenerava, de modo a causar uma grande crise a nível mundial que geraria uma nova hiper-vibrante realidade: o Minotauro Global. Era a segunda vez em sua história que os Estados Unidos reformulavam o mundo não tanto à sua imagem, mas de uma forma que convertia uma rastejante fraqueza em uma majestosa hegemonia.

A chave para o sucesso de Washington foi reconhecer que era indispensável um mecanismo global de reciclagem de excedentes (MGRE). Hegemonia difere de dominação, ou de exploração vulgar, no sentido de que o verdadeiro hegemon entende que o seu poder deve ser retroalimentado não através de uma maior extração de seus súditos, mas a partir do investimento em suas capacidades para gerar excedentes. Para manter o poder, ele deve dominar a arte de dar em troca. Para manter o poder, precisa multiplicar seus excedentes; mas, para fazer isso, deve redirecionar grande parte destes aos seus subordinados.

Durante todas as duas distintas realidades globais do pós-guerra que criaram sozinhos, os Estados Unidos foram particularmente cuidadosos em oferecer mecanismos de reciclagem, sobre os quais esperavam ter controle total. Durante a era do Plano Global, assumiram que seriam o negociador de superávits. Sua hegemonia, assim, girava em torno da reciclagem de grandes partes de seu capital excedente (auferido por meio de seus superávits comerciais) para o Japão e Europa. Conforme planejado, beneficiavam-se do processo, já que os japoneses e europeus usavam essas transferências para comprar bens e serviços produzidos ou controlados pelos norte-americanos.

CAPA FRONTAL RÉGUA

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Quando os Estados Unidos viram-se, involuntariamente, em um grande déficit comercial e orçamentário, seguiram em frente. Isso causou um terremoto mundial como um prelúdio para a Era do Minotauro Global; minha alegoria para um mecanismo de reciclagem gigantesco, que reverteu o fluxo de comércio e capital global. Os Estados Unidos, daí em diante, viriam a fornecer aos centros industriais estrangeiros demanda suficiente para sua produção, em troca de cerca de 80% de seus fluxos de capital. O fato de a transição violenta ter causado pelo menos uma década de terrível desintegração, crises de dívidas, instabilidade geral e estagflação global foi, para as elites norte-americanas, um preço razoável a pagar; nada além de um custo de transição cobrado à economia social do mundo e às famílias trabalhadoras da América pelos atores da nossa história – os astutos burocratas de sucessivos governos norte-americanos.

Autocontenção e os perigos do sucesso

A autocontenção, como sabem os filósofos, é uma virtude rara e desconcertante. É também uma virtude que tende a se desfazer quanto mais poderosos nos tornamos. Neste ponto, assemelha-se à relação entre confiança e sucesso: quanto mais fortes os laços de confiança entre nós, maior nosso sucesso coletivo e individual. Mas o sucesso gera cobiça, e a ganância é um solvente da confiança. Ocorre algo similar com a autocontenção: tê-la pode ajudar a alcançar o sucesso. Contudo, o sucesso representa uma ameaça para a sua própria autocontenção.

Este paradoxo do sucesso, no que se refere à autocontenção, comprovou a ruína de ambas as “realidades” globais que os Estados Unidos criaram após a Segunda Guerra Mundial. Na primeira vez, o governo dos Estados Unidos foi a vítima de sua engenharia negativa. Na segunda vez, foi o setor privado dos Estados Unidos, particularmente seu setor financeiro. Para ver como estes dois fracassos surgiram a partir de situações de sucesso, vamos considerar duas perguntas, uma relativa a 1971, outra, a 2008.

O que causou o fracasso do Plano Global, fazendo-o perder o seu equilíbrio e entrar em colapso em 1971? A resposta: a incapacidade do governo dos Estados Unidos de exercer a autocontenção em relação à sua própria capacidade de explorar seu exorbitante privilégio original: sua capacidade, enquanto guardião da moeda de reserva mundial, para imprimir dinheiro público à vontade.

E o que foi que feriu o Minotauro Global mortalmente em 2008? Novamente, foi uma falha de autocontenção norte-americana. Só que desta vez não foi falha do governo (mesmo que se possa argumentar que aconteceu sob sua supervisão), mas do setor privado em geral e dos bancos em particular: o setor financeiro norte-americano falhou espetacularmente no exercício da autocontenção de sua capacidade de explorar seu novo e exorbitante privilégio: sua capacidade, enquanto guardião da financeirização global, para imprimir dinheiro privado à vontade.

Conseguirá o Minotauro sobreviver?

Na primeira edição do livro, expressei sérias dúvidas sobre se o Minotauro conseguirá sobreviver. Dois anos mais tarde, qualquer esperança de uma ressurreição evaporou. A Crise de 2008 bateu tanto no estofo financeiro da economia norte-americana, bem como exauriu de tal forma a energia da financeirização baseada em Nova York, que o poder magnético do Minotauro sobre o capital estrangeiro não tem como se recuperar. Wall Street pode ter sido totalmente ressuscitada, relatando lucros que não fariam feio naqueles dias contagiantes de 2006; o governo dos Estados Unidos está atraindo mais capital estrangeiro do que nunca; os bancos que eram too big to fail têm crescido ainda mais (pelo menos em termos relativos). No entanto, a capitalização de Wall Street ainda é escassa demais para atrair o tsunami de capital estrangeiro que manteve o Minotauro forte e saudável. De fato, em 2012 os banqueiros reclamavam bastante que, apesar de uma volta a níveis de lucro obscenos, não estavam conseguindo proporcionar a seus investidores retornos “suficientemente” elevados, devido à novas regulamentações introduzidas pelo governo.

Na verdade, o que está por trás dos gritos dos banqueiros contra a nova realidade é que seus bancos não podem mais reciclar sozinhos os excedentes mundiais. Além disso, o novo regime que foi estabelecido após 2008-2009, nos Estados Unidos e na Europa – o “sistema” que eu batizei de bancarrotocracia –, é introvertido demais e insuficientemente atraente para agir como um atrativo para os fluxos de capital necessários. Não, o Minotauro Global está hoje na fase em que o Plano Global se encontrava depois de 1971: um estado irreversível de degeneração.

Uma economia mundial atordoada

Apesar do bem-vindo crescimento das “economias emergentes”, ainda vivemos em um mundo dominado pelo Ocidente. Numa fase pós-Minotauro, isto significa que nossas vidas são governadas pelos serviçais sobreviventes do Minotauro Global: Wall Street, Walmart, o mercantilismo provincial da Alemanha, a pretensão absurda da União Europeia de que uma união monetária possa prosperar sem um mecanismo de reciclagem de excedentes, as desigualdades crescentes nos Estados Unidos, na Europa, na China, e assim por diante. Um mundo sem o Minotauro, mas governado por seus vassalos, é um lugar absurdo e ilógico.

O melhor exemplo desse absurdo é a maneira com a qual o debate público lida com os chamados desequilíbrios globais: os superávits comerciais que crescem sistematicamente em alguns países (Alemanha e China são bons exemplos), enquanto são espelhados de forma oposta no aumento do déficit comercial em outros[2]. Todos os comentaristas agora concordam que a causa da ruptura final em 2008 foram os crescentes desequilíbrios globais. Seria natural que alguém imaginasse, consequentemente, que uma redução dos desequilíbrios mundiais teria sido bem-vinda. Infelizmente, a verdade é o contrário.

Depois de 2008, por causa da profunda recessão dos Estados Unidos, seu déficit comercial encolheu e os desequilíbrios globais diminuíram. Da mesma forma, na zona do euro, uma periferia devastada se afastou abruptamente das importações e, portanto, os desequilíbrios comerciais internos estão encolhendo lá também. No entanto, tal reequilíbrio está desestabilizando ainda mais a economia mundial, à medida que a queda nos déficits comerciais (dentro e entre regiões) anda de mãos dadas com desequilíbrios maiores no âmbito da movimentação de capital. Pior ainda: o reequilíbrio das contas é acompanhado por um aumento mundial em ambas as montanhas de dívidas impagáveis e de poupanças ociosas (que estão com muito medo de se transformar, no longo prazo, em investimentos produtivos).

É, de fato, um mundo estranho que em um momento exorciza os desequilíbrios globais, mas começa a sofrer no momento seguinte, quando eles diminuem. É claro que o quebra-cabeças se dissolve no instante em que começamos a analisar estas questões nos termos da parábola do Minotauro Global; de uma terrível besta que, no entanto, estabilizou um mundo instável preenchendo a lacuna de um MGRE oficial que desapareceu em 1971. E agora que a besta se foi, nosso mundo está em um estado permanente de instabilidade, incerteza crônica de uma queda sem-fim.

O mecanismo que falta

O capitalismo global não pode ser estabilizado com base em mais investimento, melhores dispositivos, ferrovias mais rápidas, inovações mais inteligentes. Este é o erro vulgar de keynesianos que pensam que se o Estado gastasse e investisse com sabedoria, tudo estaria bem. Da mesma forma, o capitalismo global não irá recuperar a sua confiança perdida se bancos centrais se concentrarem na estabilidade dos preços, e se a tarefa de reequilibrar a economia mundial for deixada para as mágicas manobras da oferta e da demanda. Este é o erro ainda mais ameaçador dos liberais. A estabilidade do capitalismo global, mas também do regional, requer um mecanismo mundial de reciclagem de excedentes – um mecanismo que os mercados, não importa quão globalizados, livres e eficientes sejam, não podem fornecer.

Assim, a pergunta é: se os Estados Unidos não podem suprir o MGRE que falta, e a Europa está ocupada demais se desintegrando, quem pode? A China? Infelizmente, não. A China está, evidentemente, trabalhando arduamente, e com um sucesso considerável, na criação da versão chinesa de uma globalização parcial; uma que coloca Pequim no centro de uma vasta rede de acordos de comércio e de investimentos com a Índia, África, América Latina, mas também envolvendo europeus, americanos e multinacionais japonesas. A China tentará conter as autoridades norte-americanas, europeias e japonesas e, em pouco tempo, promoverá a sua moeda própria, o renminbi, como o principal meio de troca dentro dessas redes. No entanto, essas redes estão condenadas a ser incorporadas numa economia mundial mais ampla, que a China não pode reequilibrar devido a uma incapacidade radical de gerar demanda suficiente para ela própria.

E agora? Em busca de próximos atores da história

Se um mecanismo de reciclagem de excedentes não se materializar em breve, é melhor não pensarmos no futuro. Pois, por um lado, teremos um Ocidente preso às teias venenosas dos serviçais do Minotauro defunto, incapaz de enfrentar os desafios do nosso mundo pós-2008, estagnado, perdendo o senso de realidade, deixando de combinar seus resultados com suas capacidades de criar novas “realidades”. Por outro lado, haverá as economias emergentes, cheias de pessoas dispostas a transcender restrições, construir novas “realidades”, expandir os horizontes existentes. Tal mundo em crescimento desigual é altamente inflamável, baseado no choque entre aqueles que estão acelerando economicamente e os outros que estão estagnados, mas mantêm um monopólio virtual sobre o poder militar, sobre as reservas monetárias mundiais e sobre as instituições transnacionais do planeta (o Conselho de Segurança da ONU, a OTAN, a OCDE, o FMI e o Banco Mundial).

Assim, se um MGRE é condição sine qua non para uma economia social estável e globalizada, e, sem ele, corremos o risco de voltar a uma forma pré-Segunda Guerra Mundial de radical precariedade (aliada aos riscos que emanam de meios modernos de destruição em massa), haverá algum futuro alternativo mais inteligente?

Um cenário brilhante seria a formação de uma grande coalizão de países emergentes que forjasse um efetivo MGRE com base em investimento planejado e transferências comerciais entre eles. Por exemplo, em vez da China simplesmente pisar nos antigos calos do Brasil e comprar apenas ativos produtivos brasileiros sem o consentimento das autoridades, imagine um sistema em que os investimentos da China são canalizados com base em algum acordo com o governo do Brasil que envolva fluxos de capital para o Brasil analogamente à venda de bens primários do Brasil para China, bem como a transferência de tecnologia chinesa para o Brasil. Tais acordos entre Brasil, China, Argentina, Índia, Turquia e determinados países africanos poderia agir como um MGRE que promoveria um crescimento estável. O fato de que isto neutralizaria as nossas bancarrotocracias ocidentais seria a cereja do bolo.

O segundo cenário, e ainda mais inteligente, seria se o Ocidente tivesse uma epifania e, finalmente, adotasse a sugestão de John Maynard Keynes sobre uma União Internacional das Moedas; a mesma sugestão que os Estados Unidos rejeitaram em Bretton Woods na conferência de 1944. Um exagero? Com certeza. Mas, novamente, a Crise de 2008 reuniu, sem dúvida, algumas mentes inteligentes. Antes de cair em desgraça, Dominique Strauss-Kahn, o ex-diretor administrativo do FMI, foi perguntado por um jornalista da BBC sobre suas ideias de como a economia global deveria ser reconfigurada após os acontecimentos de 2008. Sua surpreendente resposta foi:

Nunca no passado uma instituição como o FMI foi tão necessária como hoje (…) Keynes, sessenta anos atrás, já previa o que era necessário; mas era muito cedo. Agora é o momento de fazê-lo. E eu acho que nós estamos prontos para fazê-lo! [3]

Claramente, aquilo a que Strauss-Kahn estava se referindo era nada menos do que a criação de um MGRE multilateral, assim como John Maynard Keynes propôs em 1944, na Conferência de Bretton Woods. Isto é, um sistema de reciclagem de excedentes que não dependeria de algumas autoridades inteligentes e do irresponsável setor financeiro de um único país, como dependia o Minotauro Global, mas de uma bem administrada organização global que definisse, com consciência e transparência, os parâmetros para a reciclagem dos bens, lucros, poupança e demanda.

Dois anos mais tarde, a ousada opinião de Strauss-Kahn aparece mais como “suas últimas palavras” do que um programa genuíno para a mudança de política em escala planetária. Na verdade, a própria imagem de Strauss-Kahn algemado, sendo forçado a entrar em um carro da polícia de Nova York, algumas semanas depois de ter feito essa afirmação para a BBC, é um símbolo delicioso da natureza do pensamento flamejante das elites no pós-2008. Desde então, os políticos dominantes, as cabeças do FMI e do Banco Mundial, banqueiros centrais e privados, em geral, os guardiões do capitalismo mundial, parecem ter optado por desaprender muito rapidamente as lições de 2008. Eles se assemelham a motoristas que, ao serem multados pela polícia pelo excesso de velocidade, dirigem dentro do limite por algumas dezenas de quilômetros antes de retornar gradualmente à velocidade original, na esperança de que desta vez “vai ser diferente”.

Os presságios não são, portanto, bons. Nunca tantas pessoas poderosas compreenderam tão pouco sobre o que a economia mundial necessita para se recuperar. Nunca no passado os atores da história estiveram tão dolorosamente ausentes. Nossa única esperança é que a história forje novas possibilidades num momento em que ninguém parece estar presente. Então, vamos permitir que o otimismo brilhe através da escuridão e colocar a questão: e se o Minotauro Global fosse substituído por um MGRE bem planejado, fruto de um acordo coletivo, quem poderia atuar como o agente deste nascimento? Quem irá emergir como ator da história desta vez?

Anteriormente, argumentei que este papel histórico poderia surgir das economias emergentes. No entanto, devo fazer uma confissão, algumas frases antes do fim do livro: eu não acho que assim será. Com a Europa livre de desentendimentos e as nações emergentes maltratadas tanto pela crise como pela falta de tradição inovadora em uma escala global, mais uma vez são os Estados Unidos que devem fornecer, talvez pela última vez, a atuação que falta. Simplificando, eu realmente não consigo ver como um verdadeiro progresso em direção à construção de um saudável MGRE pode ser feito de outro modo.

Naturalmente, o pré-requisito para isto é que os políticos norte-americanos compreendam o significado e a irreversibilidade do desaparecimento do “seu” Minotauro Global e sejam energizados pela distópica perspectiva de uma economia mundial permanentemente propensa à estagnação. Então – e só então – haverá chance de um futuro coletivo racional e estável, e que carregue a gota de esperança para que nossa última Crise tenha permissão de libertar seu potencial criativo.

Embora países emergentes como China, Brasil, Índia, África do Sul e assim por diante tenham que contribuir como importantes tijolos na construção desse futuro mais brilhante, os Estados Unidos devem liderar. Caso isso aconteça, talvez séculos mais tarde a própria morte de seu Minotauro inspirará os poetas e os criadores de mitos a marcarem sua queda como o início de um novo e autêntico humanismo. Caso isso não aconteça, então a nossa geração pós-moderna da década de 1930 vai durar muito mais do que uma década.

[1] Estas palavras foram transmitidas a nós por Ron Suskind em seu artigo na New York Times Magazine, em outubro de 2004. Embora não seja atribuída, muitos acreditam que elas foram ditas no verão de 2002 por Karl Rove, um importante assessor do presidente George W. Bush.

[2 ]Quando meu colega Joseph Halevi e eu publicamos um artigo (o primeiro a usar a metáfora do Minotauro Global) em 2003, concentrando-se nos crescentes “desequilíbrios globais” dos Estados Unidos – isto é, seus déficits gêmeos – nosso argumento foi ignorado. Já que o Minotauro foi derrubado pela Crise de 2008, todos estão agora reconhecendo que os desequilíbrios globais são um problema, tanto em nível internacional (ou seja, o superávit da China com os Estados Unidos e Europa) quanto na Europa (ou seja, o superávit da Alemanha com o resto da zona do euro).

[3] “Inside the IMF – Part Two”, BBC Radio 4, transmitido em 17 de janeiro de 2011.

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