Machismo: e se fosse um pedreiro?

Europeu branco beija repórter ao vivo; ato é visto como pitoresco. Mais um elemento para debater relações entre opressão de gênero e classe

140613-jornalista

.

Europeu branco beija repórter ao vivo; ato é visto como pitoresco. Mais um elemento para debater relações entre opressão de gênero e classe

Por Marília Moschkovich, na coluna Mulher Alternativa

Vamos supor que você está fazendo seu trabalho, tranquila, como todos os dias. De repente um desconhecido se aproxima e te dá um beijo. Você nunca viu mais gordo. Mas você está exposta e tem que entregar o trabalho naquele minuto, sendo observada por seus chefes e pela sua equipe. Seria possível uma reação agressiva? E se aquilo se voltasse contra você? Talvez denunciar em seguida? Mas como saber quem era aquele homem?

Essa situação lamentável já consta entre a nada modesta lista de pérolas machistas que vimos e veremos nos próximos 30 dias, ao longo da realização da Copa do Mundo aqui no Brasil (em tempo: não que ela não aconteça da mesmíssima forma em outros países). Enquanto estava realizando seu trabalho, em transmissão ao vivo, a repórter Sabina Simonato foi beijada por um torcedor croata anônimo, na calçada da Avenida Paulista (veja aqui o vídeo).

A abordagem dada pela maioria dos veículos que noticiou é a mesma de sempre, sobretudo porque se trata de um europeu branco com alguma grana pra frequentar copas do mundo, de não de um “pedreiro” (pra voltarmos à velha discussão sobre intersecionalidade e preconceito de classe que rola quando falamos sobre assédio nas ruas): risadinhas, todo mundo achando graça. A própria repórter, inclusive, reage com estranhamento mas tenta se manter descontraída.

Algo me diz, porém, que ela não poderia ter tido qualquer reação ali, ao vivo, no ar, sem que aquilo se voltasse contra ela de alguma maneira. Talvez impondo limites ela passasse por “grossa”, “antipática”, “péssima profissional”, entre outros adjetivos frequentemente direcionados às mulheres que resistem o assédio. Talvez sofresse pesada retaliação de seus colegas, da sociedade como um todo, do veículo para o qual trabalha.

O episódio reacende uma questão que tem estado na boca da internet nos últimos meses, e que infelizmente não depende da Copa: até quando seremos desrespeitadas nas ruas por sermos mulheres?

Reparem que a questão aqui não é um beijo de um desconhecido. É um beijo de um desconhecido num contexto específico. Claramente não solicitado, claramente não consensual. O torcedor croata, ao tascar o beijo na repórter, coloca-a em sua posição de mulher — um corpo disponível. É assim que nos sentimos nas ruas, pontos de ônibus, estações de metrô, e até mesmo em festas e bares quando homens aleatórios se acham no direito de interferirem em nosso espaço físico e psicológico. Sabina Simonato não pediu nem concordou com esse beijo, não importa o quão leve tenha nos parecido sua reação.

Quando dizemos que o feminismo ainda é necessário, é por causa de atitudes desse tipo. Alguém já viu algum jornalista homem sofrer assédio sexual assim, ao vivo? Na frequência com que isso acontece com as jornalistas mulheres (só no último ano me lembro de pelo menos dois ou três casos de grande repercussão aqui no Brasil)? O assédio é uma questão de poder, de lembrar às mulheres que somos “apenas” mulheres. Por isso ele é humilhante, indigno, violento – ainda que venha na forma de um beijo com risadinhas.

Leia Também:

102 comentários para "Machismo: e se fosse um pedreiro?"

  1. Rafaela disse:

    Maiko, compreendo tua visão. Justantamente por essa diferença biológica sistematica e funcional que tu citou é que precisamos do feminismo e leis que defendam as mulheres. Na maior parte, fisicamente, mulheres são mais fracas que homens, então como poderia acontecer um confronto justo entre os dois? Não seria justo, manja?
    Os direitos devem ser iguais, mas para que os direitos sejam iguais ambos indivíduos precisam partir do mesmo ponto de capacidade e oportunidade, se biologicamente isso não acontece, leis e idéias devem corrigir.
    Biologicamente nossos corpos são diferentes e um não deixa de ser melhor que o outro, se o homem é mais forte (para poder caçar e lutar, na pré história) a mulher é mais resistente (para poder enfrentar um parto).
    A natureza é divina, os cogumelos são a luz

  2. Rafaela disse:

    Foi um beijo na bochecha descontraído e nada desrespeitoso. Eu como mulher não me senti agredida quando um menino que morava pelas ruas de porto alegre me deu um beijo na bochecha. São formas de disseminar o amor. Não acho que o sexismo, machismo ou feminismo possa se relacionar com o caso.
    Me lembrou a peça “beijo no asfalto” do nelson rodrigues.

  3. mosca disse:

    Os homens não fazem outra coisa a não ser defenderem seus interesses. Inclusive o interesse de invadir o espaço pessoal de mulheres sem nenhuma censura.

  4. mosca disse:

    Levou na boa coisa nenhuma. Riu depois, é verdade, até pra não ficar mal na fita, estava trabalhando, não ia ficar reclamando. Mas o fato é que claramente não gostou, pois fugiu do beijo o mais que pode. As mulheres, inclusive, mesmo não gostando dos excessos masculinos, levam sempre de boa, têm sempre um sorriso, mesmo amarelo, até pra não serem xingadas de todos aqueles qualificativos tão comuns direcionados às mulheres por qualquer motivo que seja. Só vi mimimi masculino aqui.

  5. Excelente texto, Marília.

  6. Julio Spinola disse:

    SE FOSSE UM SERVENTE, AFRICANO, NEGRO, IMIGRANTE PROVAVELMENTE SERIA PRESO POR ASSEDIO SEXUAL.
    Se for uma fã abraçando um jogador ou um idolo, é expressao de carinho. Se for um servente que tentar dar um abraço e um beijo ns artista, é assexio sexu a l e prisão em flagrante na certa!
    Será que a fã que abraçou o jogador ou o artosta não poderia estar sexualmente atraida por ele?
    Tecnicamente, assédio sexual.
    Se chama o cantor de gostoso e joga calcinha no palco não é também assédio sexual?
    PRA QUÊ TANTO PRECONCEITO?

  7. Alvin disse:

    Aí q vc se engana.

  8. Pra matar a questão, vamos nós, homens, deixar as mulheres nos tascarem um beijo na rua…. pronto !. Direitos iguais, problema resolvido.

  9. Pedro Souto disse:

    Beleza, Adelmo. Ser homem de verdade é dar beijo não consensual em desconhecidas, é isso? E se eu não aprovar isso, sou automaticamente um homossexual? Legal, cara.

  10. Pedro Souto disse:

    E vc achou aquilo respeitoso? Achou que foi consensual?

  11. Pedro Souto disse:

    Sério mesmo que você chama isso de “demonstração de carinho e respeito”? Um desconhecido chegar e te beijar (a ainda atrapalhar o trabalho do cara) é um ato de carinho e respeito??
    Respeito seria ele deixar o repórter atuar em paz.
    E o fato de acontecer com homens não implica que é correto acontecer com mulheres. É errado, seja o repórter homem ou mulher. No entanto, acho que é muito mais comum acontecer assédios desses com mulheres do que com homens (não to falando só do contexto de repórteres, mas em geral).
    Você acha que a reporter levou na esportiva porque é madura? Pode até ser: maturidade de achar melhor não criar confusão. Além disso, na situação dela, ela tinha que manter a compostura, não podia estragar a matéria, tinha que manter o clima “alegre”. Fora que, se ela reagisse de forma “feia”, poderia virar um piada pública, já que estava sendo filmada… Isso não significa que ela tenha gostado da “demonstração de carinho”.
    E vamo combinar né: dizer que é “carinho” é forçar a barra. O cara queria é chamar atenção (tanto do vídeo da repórter, quanto no que você postou).

  12. Tali disse:

    Arthur, você anda saindo com as mulheres erradas…

  13. Alba Tengnom disse:

    Boa resposta, simples e direta, alessandra. O problema é a falta de respeito e não machismo. A falta de respeito ocorre como vimos em vários vídeos contra todas as pessoas, não apenas a mulheres. O texto é equivocado, porque desconsidera o desrespeito em geral, e postula apenas o problema das mulheres, que não é pouco, mas está em um contexto geral de falta de amor e respeito. Abraço.

  14. Apolo disse:

    Marília, seu artigo é o exemplo típico da produção textual de uma pessoa que não troca a militância cega pela razoabilidade lúcida.
    Este mundo está ficando insuportavelmente sem graça por causa de opiniões, que se dizem ”engajadas”, mas que na verdade são radicais, pré-fabricadas e fundamentalistas. Puro patrulhamento ideológico.
    Ainda bem você não trabalhava na Revista Life em 1945 , senão o lindo beijo flagrado por acaso pela lente de Alfred Eisenstaedt jamais teria se transformado num monumento à alegria e ao bem-estar entre as pessoas.

  15. Paulo Helison disse:

    Menos de uma semana depois, um repórter foi abraçado ao vivo por uma loira de olhos claros e eu não vi nenhum veículo de imprensa tratar isso como “opressão, violação, machismo(mesmo vindo de uma mulher)”. Abraço pode? Qual o limite entre ter uma atitude de bom humor e uma violação? Seria entre um abraço e um beijo ou se a “vítima” é mulher ou homem?

  16. IVAN disse:

    a cada dia mais as “mulheres” demonstram toda a sua complexidade ou seja seus “interesses”

  17. Rudy disse:

    Beijo não é necessariamente algo sexual. Acho que boa parte dos exageros feministas partem do princípio que muitas dessas coisas quando oriundas de um homem (ser irracional e viciado em sexo 24/7) tem necessariamente conotação sexual. Beijo também é carinho, cumprimento.

  18. Francisco Hedilberto Feitosa Filho disse:

    E o que dizer da andressa urach mostrando os seios para o Cristiano Ronaldo? Isso também não e assédio? Ou assédio de mulher pra homem pode? Mas de homem pra mulher é machismo?

  19. Eric Jardim disse:

    Acho que o texto é válido, sim, como uma reflexão. Acho que a autora acertou ao não acusar ninguém de nada, deixando no ar as suposições necessárias.
    Mas convenhamos que os limites entre o flerte e o assédio não são lá muito exatos, principalmente se trocamos os personagens.

  20. Catarina disse:

    Como é que é, rapaz? Então mulher não pode decidir por quem ela quer ser beijada ou o que quer que seja?
    Quem é que decide? Você?
    Que direito homem tá perdendo aqui? O de assediar mulher na rua? Se for isso tem mais é que perder MESMO.

  21. Guilherme disse:

    O que os comentaristas aqui questionam é se o ato foi ou não um demonstrativo de machismo. A meu ver, o texto é um exemplo claro de utilização da falácia da evidencia suprimida: afirma-se que o comportamento do torcedor é resultado do machismo, ignorando-se as evidencias que apontam para sentido diverso. Com efeito, o fato de repórteres homens terem experimentado situações semelhantes, não pode ser ignorado por quem pretende provar, com um mínimo de rigor cientifico, que o comportamento do torcedor é resultado da convicção machista de que o corpo feminino é um objeto à disposição. Se esta última é, de fato, a motivação do torcedor, então é justo presumir que, estatisticamente, o número de repórteres mulheres a sofrer contatos físicos indesejados é significativamente maior que o de repórteres homens. Por outro lado, em não havendo um diferencial significativo entre percentuais de constrangimentos sofridos por jornalistas homens e mulheres na cobertura da copa, então ganha força a tese de que a ação não foi um ato de machismo, pois haveria evidencia fática de que os torcedores gostam de constranger jornalistas em frente às câmeras (sejam eles homens ou mulheres).

  22. Fernanda disse:

    Maiko está lhe faltando um tanto de conhecimento sobre o feminismo e suas causas. O feminismo requer igualdade de gênero, o que por suas vez não tende a trazer melhores condições de vida apenas para mulheres mas em muitos aspectos para os homens, já que você mesmo concorda, o machismo pode ser muito cruel também para os homens, especialmente para os que não se encaixam/não querem se encaixar no esteriótipo masculino que o machismo prega.
    Obviamente você nunca verá ninguém (seja mulher ou homem) com o minimo de capacidade intelectual reclamar da lei maria da penha, já que a mesma apenas pretende proteger e defender um grupo oprimido contra as agressões de seu opressor. O que possivelmente você poderá vê-los é lamentar a necessidade da existência dessa lei, afinal, se a sociedade fosse igualitária a violência domestica contra mulheres não seria tão frequente e comum. Quando você viu/ouviu sobre o caso de algum homem que sofria frequentemente graves agressões físicas e psíquicas de sua esposa, mas mesmo assim permanecia calado e em seu relacionamento, por se sentir ameaçado, por medo, por vergonha, por saber que grande parte da sociedade colocaria a culpa na vítima?
    Sua comparação sobre olhar para “a bunda do Hulk” e olhar para “a bunda de uma Panicat” pode ser questionada em diversos fatores. O primeiro deles é, qual a razão para a bunda de ambos aparecerem? A do Hulk aparece por ser profissional em um esporte que é vinculado pela mídia, ele é um jogador de futebol e sua bunda ou qualquer outra característica física de seu corpo não são a razão para a sua aparição na tevê, muito menos são enfatizadas em tais transmissões. Já a da Panicat aparece para satisfazer um mercado forte e existente, estão ali exatamente para preencher esta demanda da sexualidade feminina exposta para os homens. Isso não acontece apenas no programa Pânico mas sim é uma estratégia bem comum, sejam elas chamadas de dançarinas, assistentes de palco ou simplesmente objetos decorativos sem qualquer outra função extra-curricular, já se tornou corriqueiro vermos bundas femininas rebolando em roupas curtas e sensuais na televisão sem nunca questionarmos o porque disso acontecer. No entanto quase nunca (para não dizer nunca) vemos o oposto. E quando raramente, em uma aparição eventual, ver da mesma forma um homem semi-desnudo que só tem por função despertar desejo sexual na tevê choca, ofende, não é encarado como algo natural e nunca é algo corriqueiro. Outra questão a ser levantada é o fato de ser muito comum ouvir desses mesmos homens que adoram apreciar as bundas das Panicats entre outras, comentários maldosos sobre as mesmas ou de qualquer outra mulher que seja lá por qual o motivo exploram sua sensualidade na maneira que se vestem, Gostam de olhar, inclusive de forma desrespeitosa, mas não perdem uma oportunidade de taxa-las como promiscuas, fáceis, vadias, vulgares e para eufemizar os termos “periguetes”. Por outro lado é raro você ouvir de mulheres termos que buscam ofender os homens que possuem maior conotação sexual em sua forma de vestir/se portar. Pelo contrário, você ouvirá de mulheres e homens machistas comentários como: “Homem macho não faz isso” “Isso é coisa de viado”. Sabemos que orientação sexual não é motivo de ataque, mas para os machistas a homossexualidade ainda é vista como uma forma de ofensa.
    Para finalizar o feminismo não faz sentido para você porque seu conceito sobre ele não tem pé nem cabeça. Nunca queira amenizar a dor do outro se você não a sente (isso não serve só para o machismo). Não queira fingir que a opressão machista nunca aconteceu e que não deixou marcas impregnadas na sociedade até os dias de hoje. Não faça comparações absurdas se a realidade histórica dos dois grupos de análise são completamente opostas.

  23. Ana Marinho disse:

    O problema total não está no ato do beijo. Creio que isto é uma invasão de privacidade sim, o ato de beijar um estranho na rua, já que isto não é usual no nosso conviveu social. Mas, creio que a problemática gire em torno da repercussão do ato, já que como mencionou a autora, se fosse um pedreiro, o próprio âncora no estúdio falaria algo a respeito de “invasão de privacidade”, como é Copa do Mundo (ou seja, Carnaval as vistas dos estrangeiros para com o Brasil), tudo se torna “permitido”, quando não o é. A cegueira social em torno das identidades que estão envolta da mulher, demorará por acabar, já que não há nenhuma disseminação cidadã do assunto.

  24. Magrí Silva disse:

    Vergonha do feminismo?!?Você só tem direitos por causa dele!Se não fosse por ele,provavelmente seria queimada numa fogueira por dizer q a carreira militar é a sua vida!Ou seria apedrejada na rua por ficar grávida antes do casamento!Ou nem teria o direito de votar!O q a marília quis dizer,é que o corpo feminino deve ser respeitado!Ele é tratado como coisa pública,igual ao chão q se cospe.Claro q foi só um beijinho,mas não foi consensual.Essa é a questão.

  25. isabel disse:

    discordo da afirmação de que as mulheres são mais sujeitas à assédio do que os homens: muito pelo contrário !!! não só as mulheres assediam muito mais, como são mais ousadas, basta ver que dificilmente um homem assedia uma mulher que está acompanhada , mas a mulher quando quer assediar um homem, ignora solenemente se ele está acompanhado !
    No mais acho q o feminismo ainda é necessário, pq existe preconceito contra as mulheres.

  26. Miguel disse:

    O erro clássico do feminismo: deserotizar a mulher. Transformá-la em ser assexuado para que não seja “objeto sexual”. Assim esse tipo lamentável de alienação antihumanista e pseudoesquerdista reforça o estranhamento entre homens e mulheres, divide o gênero humano e reitera milênios de repressão sexual cristã.

  27. LIA disse:

    O problema não é ver feminismo em tudo, o problema é quando tu não o vê! E todo mundo que leu teu comentário percebeu esse tom de ódio no final, e contra esse ódio que o feminismo luta. Esse ódio que as mulheres recebem por expor sua opinião anti machismo. Repense suas palavras, porque você faz do mundo um lugar pior com elas.

  28. Emília Graça disse:

    Catarina, nenhum homem decide se está tudo bem uma mulher ser beijada. O corpo é dela. se a reporter gostou, tudo bem. Se não, é assédio.

  29. Emília Graça disse:

    Justamete porque existe machismo que a lei maria da penha é fundamental. Nenhuma feminista vai reclamar da lei pq ela é um mecanismo necessário para sobreviver em um mundo no qual o que impera a ótica masculina. E vc tb não o devia fazê-lo. Em um tempo onde a injustiça é a lei, rebelar-se é uma questão de dever! E é por isso que textos como estes são absolutamente necesários.
    Enquanto ainda houver gente que pensa como vc, o feminismo será necessário. Lei maria da penha será necessária. Marcha das vadias será necessária.

  30. Luiz Caldeira de Castro disse:

    Perfeito Maiko! Nossa articulista deve ser vítima de amor mal resolvido. Descobrindo o amor tudo se resolverá. (Luiz Caldeira – Rio).

  31. marcio ramos disse:

    … boa Marilia, precisamos do feminismo sim principalmente no Brasil longe das capitais…
    Aqui em Caceres, MT, e impresionante o numero de estupros dentro da familia, em pouco tempo aqui na cidade entrevistando professoras que organizaram grupo de disussao sobre racismo e preconceito identifiquei diversas com passado mais que doloroso devido ao machismo. Em pouco tempo algumas meninas vieram pedir ajuda e gravaram depoimentos fortissimos sobre como foram e sao molestadas sexualmente pelos familiares, tios, pais, primos… uma tristeza. Aqui todo mundo tem uma historia dentro da propria familia sobre pedofilia e estupro de menores e as meninas aos 12, 13, 14 tudo que querem e sair de casa e acabam caindo em uma outra familia muito parecida com a delas, com homens que crescem com problemas como de seus pais e a solucao nao chega nunca. O ciclo do machismo e dos abusos sexuais e terrivel, entre indigenas, pessoal da area rural e cidade. As autoridades aqui sao corruptas e comprometidas com a criminalidade e teem o aval das forcas armadas de fronteira.
    Precisamos de grupos de feministas palestrando e conversando com estas comunidades distantes que recebem pouca informacao e estao sendo injusticadas, vitimas de um sistema doente.
    Assentamentos e aldeias sem posto de saude, escola precaria, e estradas absurdas de ruim em regioes onde o povo trabalha muito e recebe pouco sem infra estrutura basica.
    O machismo por aqui violenta todos desde o nascimento, a barbarie prevalece, as meninas crescem traumatizadas, amedrontadas, adoecem e nunca mais conseguem refazer suas vidas, muitas tornam-se putas, outras casam e engravidam cedo tentando fugir do horror familiar e acabam com os filhos sozinhas e criando as filhas e filhos como foram criadas… e o ciclo da miseria humana.
    Por isso por favor pense nisso….
    Precisamos de grupos de feministas palestrando e conversando com estas comunidades distantes que recebem pouca informacao e estao sendo injusticadas, vitimas de um sistema doente.

  32. Antenor disse:

    Eu também. De croatas, brasileiros, chineses, japoneses, portugueses, angolanos, ingleses…

  33. Antenor disse:

    Então por que a diferença de licença parental para homens e mulheres? E a diferença de aposentadoria? E essa demonização do homem? E antes que me venha com o papo de “homem, branco, hetero”, digo que sou homossexual, pardo. E aí? Quando as feministas vão superar o heterossexismo?

  34. Antenor disse:

    Gente madura leva a coisa na esportiva. Não foi algo violento ou um estupro. Foi um beijo singelo, uma demonstração de respeito e carinho. Homem bem resolvido é assim. Não é como esses homofóbicos e essas feministas que dão piti. Eu sou homossexual e se uma mulher me desse um beijo no rosto assim, levaria numa boa (se bem que preferia esse cara aí LOL).

  35. Antenor disse:

    O cara levou na boa. Quanto mimimi vindo de feminista.

  36. Antenor disse:

    Daniel Radcliffe recebeu um beijo surpresa de um homem numa premiação. Se ele recusasse ou empurrasse o sujeito, seria homofobia? Eu sou homossexual, mas acho algumas feministas um pé no saco, como essa autora desse texto. Relaxe, fia. A repórter gostou e eu queria tá no lugar dela (se fosse um croata branco, um brasileiro negro, um chinês, um mais coroa, um novinho etc).
    https://www.youtube.com/watch?v=6nDnPw0fzZU

  37. Eduardo disse:

    Num pais que se diz tão liberal fazer disto notícia e lamentável! Isto sim e puro RACISMO!!!

  38. Anônimo disse:

    Essa é a prova CABAL de que Feministas querem castrar o homem branco; Vocês não vêem? Elas odeiam o homem branco, e assumem nas entrelinhas que o fazem.
    Toda manifestação contra o Femimerdismo é rebatido com o velho “Ahh, você não conhece o Feminismo e bla bla bla” ou “HAHHAHAHA, MALE TEARS”. BASTA!
    Nós, verdadeiros homens brancos conscientes TEMOS NÃO SÓ O DIREITO, mas O DEVER de estuprarmos e executarmos as Femiputistas!
    Você nem precisa conhecer direito a historia do Feminismo. É só você ver como ele se desenvolve na cabeça dessas pessoas.
    Como sempre diz Nietzsche, devemos sempre denunciar esses negadores da Natureza.
    No mais, “Acompanhas com as mulheres? Olha, não te esqueça o látego”.

  39. Pedro Guss disse:

    Texto desnecessário, análise totalmente incoerente com a realidade. A fulana que escreveu e se diz socióloga não parece diferenciar os contextos sociais em que agem as pessoas. Quanto ao “jornalista iniciante”, posso concordar, já que isso não é uma reportagem, no máximo uma opinião rasa de alguém TENTANDO colocar a repórter em questão a um nível abaixo do que realmente está, transformá-la em objeto e criminalizar uma atitude inofensiva (beijo ou qualquer outra interação) para com a repórter. Como alguns já sugeriram, favor ir procurar algo mais importante para escrever sobre, ou ir lavar uma louça, trocar uma lâmpada…

  40. Caio disse:

    Parabéns! É lendo o que feministas como você escrevem que aumentam o meu respeito pelo feminismo. Vejo tanto, como dizem, “mimimi” das feministas que acabo não suportando tanto o movimento. Se todas fossem razoáveis como você, com certeza o movimento seria muito mais forte. Afinal, existe sim machismo, mas não em tudo…

  41. Estudante de Medicina disse:

    A autora do texto deveria tomar o remedinho nas doses e horários indicados pelo médico psiquiatra. Aí o contato dela com a realidade seria bem menos permeado por paranóias, desconfianças, ressentimentos, crenças extremistas mal fundamentadas, hostilidades e ela pararia de ver “coisas” que ninguém mais vê.
    Mas é isto, feminismo: espalhando ódio, rancor e amargura desde 1960!

  42. Gelson disse:

    A autora viajou na maionese

  43. Marquinho Mota disse:

    Parabéns pelo texto. O corpo da mulher é seu templo, seu território. Não é possível mais aceitar esse tipo de violência.

  44. Carol disse:

    Racismo? Vai se informar antes de achar que seu comentário é relevante em um assunto no qual você é totalmente ignorante.

  45. Pedro Wolner disse:

    Ai, que preguiça……deve ser muito chato o mundo em que vocês vivem…..

  46. Maiko disse:

    desculpa, seu argumento até pode ter fundamento, mas é escroto como o feminismo, que por tua vez, não se faz forte por falta de argumentos baseados em atitudes que levam uma população a crescer. Só quer preencher no peito feminino uma revolta baseada em atitudes que homens tomam. Nunca vi nenhuma feminista reclamar que Deus é o Senhor, e não a Senhora, nunca vi uma feminista reclamar da lei Maria da Penha, quando, se a gente parar pra pensar, não existiria. Pois se os direitos fossem iguais, ela jamais teria real fundamento.
    Se fosse uma mulher beijando um reporter, ou uma esposa olhando pra bunda do Hulk ( jogador da seleção ) na televisão, tudo bem, é só instinto feminino, mas se é um homem olhando uma panicat na tv, colocam como safado !
    feminismo não funciona, pq o machismo defende muito mais a mulher do que o homem. As leis as protegem por serem mais sensiveis, ou frágeis, quando o feminismo quer impor a toda a população direitos que JAMAIS serão iguais. E JAMAIS por conta de uma coisa chamada DIFERENÇA BIOLÓGICA, SISTEMÁTICA E FUNCIONAL.
    feminismo é tão fundamentado em vontades da mulher, que não é universal, é só para a mulher, que garanto que se fosse um pedreiro a beijando, seu texto seria ainda mais irracional e sem colocação global, visão universal.
    O feminismo não faz sentido algum!

  47. Antony disse:

    Três verdades:
    O feminismo antes lutava por direitos, hoje luta por privilégio.
    O que o cara fez não foi um ato machista, foi um ato de quem quer aparecer mesmo.
    A mulher que escreveu essa matéria tem algum distúrbio ou complexo de não falar coisa-com-coisa.

  48. Thiago disse:

    Excelente reflexão. Gostei tanto que me senti estimulado a deixar a seguinte provocação, a qual não possui a intenção de ofender a autora do texto ou qualquer um: e se ao invés do beijo ele tivesse interrompido para dar a ela uma rosa e dito o quanto ela é bonita? Isso pode Arnaldo?

  49. Junior Hiber disse:

    Tem gente que de tanto estudar ver o machismo em na informações nutricional de Toddynho

  50. Claudio Ruiz disse:

    Em minha opinião o pior texto que já li, completamente distoante da realidade. Fico indignado por ter perdido 5 minutos do meu tempo lendo isso.. Pelo menos me rendeu alguns minutos de risada após eu ter assistido ao vídeo…Mostrem um lápis para esta mulher que sem dúvida ela escreverá em azul!

  51. Andrei Huszar disse:

    O pior são as mulheres que propagam o machismo. Algumas mudam o quesito pode / não pode de acordo com grana e padrão estético. Já vi muita mulher dizendo “se for gato, pode”. Feminismo não é perda de direitos dos homens, é equalização de direitos e tratamentos entre homens e mulheres.

  52. Que análise exagerada! É por causa desse tipo de visão que a luta contra o preconceito (racial, social, de gênero, etc.) vem se tornando alvo de críticas generalizadas. O feminismo é uma ferramenta poderosa, não deve ser obstruído com paranóias.
    Esse beijo foi uma brincadeira com a profissional repórter, e não com a mulher repórter, Já passei por essa situação diversas vezes… assim como já vi homens sofrerem o mesmo “abuso”. Carnaval, shows, copa do mundo, ou qualquer outro evento que exalte os ânimos nos torna vulneráveis a esse tipo de coisa. E não me refiro apenas a nós, mulheres, mas a nós, seres humanos. Quem não pode ou não quer lidar com isso deve optar por uma vida com menos contato humano (e isso inclui a escolha da profissão, a meu ver).

  53. maria da penha lagôa de freitas disse:

    Concordo com você, Adriane! Não vi nada demais! Acho que a repórter ficou até lisonjeada! Afinal, era um homem bonito. E acredito que ele, o homem, fez isso, porque sabia que iria aparecer nas tv”s, devido o seu ato. Achei normal.

  54. carlos disse:

    Nossa, que exagero! Pegou o gancho errado pra escrever essa “crônica”!

  55. talita disse:

    Então todo mundo pode te dar um beijo no rosto que não tem problema?

  56. Gabriela disse:

    Aaaah vai contar grão de areia na praia, vai! Vamos falar o que é verdade, isso faz parte da nossa cultura, se você não gosta, muda, mas é assim tanto entre mulheres quanto entre homens. Quer ver homem ser “assediado”? Vai assistir um jogo com os gringos. A quantidade de mulher se jogando neles, esfregando os peitos e até pegando na bunda deles é ridicula! Mas por que nós somos mulhere isso é ok?! “Ah eles são homens, devem estar adorando, vieram pra cá pra isso mesmo.” Eu sei disso por que estava acompanhando 12 amigos holandeses, com cara de europeus mesmo, gingantes, loiros e de olhos claros e mais de uma vez tive que interferir falando em português com mulheres que estavam os deixando desconfortáveis. Aposto q as intenções delas eram bem piores que a desse cara que simplesmente deu um beijo na bochecha, mas então por que não tem nenhum artigo aqui falando pras mulheres como NÃO se comportar? Isso é hipocrisia e falta do que fazer, pegando uma coisa inocente e transformando num monstro de sete cabeças, nós estamos em época de copa, tá todo mundo animado e essa mania de interpretar tudo como “ismo” (machismo, racismo…) tem que parar, quem tá objetivando as mulheres é você, por que tudo q eu vi foi um ato doce, não todo esse esquema de dominaçao machista de que você tá falando.

  57. Raquel disse:

    Está muito sem graça viver nesse mundo politicamente correto. Pelo amor de Deus, que forçada de barra grotesca. Vergonha por ler isto.

  58. Renan disse:

    Concordo em partes com o que falou, Julia. Compartilho aqui meu comentário em relação ao ato.
    “Ok. Talvez não devemos considerar esse ato como machismo, mas sim como um preconceito dos estrangeiros em relação a mulher brasileira – ao cidadão brasileiro. Sou gay e moro na Australia há 10 meses e posso dizer que brasileir@s aqui são vistos como nada menos que “um pedaço de carne” ou “vagabundas” – como minhas amigas já foram chamadas. Esse ato é um ótimo exemplo da visão estrangeira em relação aos brasileiros. Pessoas “fáceis” como já ouvi muitas vezes.Já ouvi, inclusive, pessoas falando que iriam para a copa simplesmente por causa das pessoas “sexy” que iriam encontrar por lá. Talvez machismo não seja a real palavra pra esse tipo de acontecimento, mas obviamente há uma enorme falta de respeito (talvez preconceito?!) em relação a nós, brasileiros. O pior é ver muitas pessoas achando isso tudo lindo e continuar a vangloriar os “gringos” que estão no nosso país hoje. Vamos acordar galera!”

  59. Renan disse:

    Ok. Talvez não devemos considerar esse ato como machismo, mas sim como um preconceito dos estrangeiros em relação a mulher brasileira – ao cidadão brasileiro. Sou gay e moro na Australia há 10 meses e posso dizer que brasileir@s aqui são vistos como nada menos que “um pedaço de carne” ou “vagabundas” – como minhas amigas já foram chamadas. Esse ato é um ótimo exemplo da visão estrangeira em relação aos brasileiros. Pessoas “fáceis” como já ouvi muitas vezes.Já ouvi, inclusive, pessoas falando que iriam para a copa simplesmente por causa das pessoas “sexy” que iriam encontrar por lá. Talvez machismo não seja a real palavra pra esse tipo de acontecimento, mas obviamente há uma enorme falta de respeito (talvez preconceito?!) em relação a nós, brasileiros. O pior é ver muitas pessoas achando isso tudo lindo e continuar a vangloriar os “gringos” que estão no nosso país hoje. Vamos acordar galera!

  60. Lsd Sld disse:

    Lamentável, este texto é simplesmente tosco. O beijo ali foi um ato descontraído, se fosse um repórter homem, ele teria colocado a mão no ombro e dado uns pulinhos. Ridículo isso de querer mostrar uma inferioridade feminina perante atos cotidianos de nossa sociedade. O que seria mais correto? Um aperto de mão, um “toca aqui parceiro?”. Foi invasivo? Pouco, muito pouco. Estamos a receber pessoas de culturas diferentes, com hábitos diversos, e que tem várias imagens da nossa hospitalidade. Uns pensam que vivemos na selva, outros que somos muito felizes e abençoados por viver no “paraíso” (sim, ouço isso de vez em quando). Enfim, o beijo pode ser interpretado de várias maneiras, colocar o croata como “vilão” e a repórter como a “pobre mulher inferiorizada durante o seu trabalho” é beirar o senso do ridículo.

  61. Leti disse:

    Minha gente, esse tipo de assédio sexual é um absurdo!
    Achei outro exemplo desta selvageria! Olhe como a pessoa foi tratada como um objeto, que nojo!
    http://www.youtube.com/watch?v=ZJx9nAJJlC4

  62. Victor disse:

    Pelo amor de Deus! Um antigo diretor meu sempre fazia essa pergunta para a classe: “você prefere ser assaltado por um espanhol ou por um holandês?”. Ou seja, não importa de onde venha, violência sempre será violência (assalto é assalto independente da nacionalidade). Machistas aqui, feiministxs ali, por favor! Chega desse sexismo idiota! Acordem! Estamos no século XXI! Vocês lutam tanto contra rotular a minoria (como negros, gays, etc) mas não percebem que estão fazendo exatamente a MESMA COISA!! Só muda o objeto rotulado! “Europeu branco”? POR FAVOR! Parem com esse sexismo e vitimização toscas, que claramente não vão levar vocês a lugar algum, e se preocupem com os problemas de verdade.

  63. Edson disse:

    Só li mimimimimimimimimimimi…
    Aliás, eu acho que essa moça malvada aqui estava “objetificando o rapaz folião também” ao beijá-lo sem avisar https://www.youtube.com/watch?v=urTzkfwkTKE

  64. Deanne Fiorio disse:

    Eu adoraria ganhar um beijinho desse croata. #prontofalei

  65. Papillon disse:

    As moças que aplaudem esse tipo de atitude deveriam pensar no ponto onde esse texto toca,
    Imaginem vocês na rua em grupo ou sozinhas e de repente um homem de rua, um mendigo, sujo, com bafo e a boca suja de comida da semana passada, os dedos fedendo se aproveita da sua distração e com os lábios molhados beija a sua bochecha, vocês achariam fofinho ter que secar o rosto com as costas da mão, achariam fofinho o cheiro impregnado no ar e agora impregnado em você? achariam fofinho se ver sendo o centro das atenções porque muitas pessoas notaram o que aquele homem fez com você mas não tomaram nenhum tipo de posição, apenas passaram assistindo o show? achariam fofinho a sua cara de assustada enquanto o homem sai rindo da sua situação, como se fosse uma brincadeira e fosse sua obrigação levar aquilo na brincadeira e não ele aprender que você não permitiu passar por aquela situação?
    Eu desconfio das respostas. Se não é engraçado quando um homem por quem você não se sente atraída faz algo assim com você, por que é fofinho quando um homem por quem você se atrai faz algo do gênero?
    Mulheres, vocês tem que compreender que é necessário manter uma coerência entre suas idéias. Vocês tem que perceber que não se ofenderam com a situação porque acharam o moço bonito e logo, se sentiriam lisonjeadas de estarem na situação da repórter. Agora, se assumirem isso para si mesmas vão perceber que o fato de aquele caso especifico não ter te causado repulsa não significa que aquela ação em geral merece ser aplaudida invés de repudiada. Porque não existe lei que seja capaz de coibir esse tipo de ação, apenas a lei da moral. Ou seja, se vocês concordarem que o mendigo de rua beijar vocês é um abuso, concordem que o torcedor europeu também está abusando de vocês, ele não vai ir para a cadeia por isso, não vai apanhar por isso, apenas vai perceber que deveria ter sido um pouco mais respeitoso e mais homens no futuro talvez pensem antes de beijar uma mulher na rua: Bom, talvez ela não goste que eu faça isso, deixa eu fazer uma aproximação mais respeitosa.
    Porque vamos definir uma coisa, estranho não é amigo, estranho é estranho. E não é legal quando eles não respeitam meu espaço,
    Pois aqui na minha cidade um homem que eu desconheço quem seja desde a primeira vez que me viu, quando percebe que eu estou sozinha na rua se aproxima e tenta conversar comigo para no meio da conversa tentar me agarrar, abraçando ou beijando. TODA AS VEZES.
    Eu morrendo de vergonha, de medo, nunca sei o que fazer. Não deixo ele me beijar, me esquivo e demonstro todo o tipo de desconforto possível mas a real eu tenho medo dele, eu tenho medo que ele me machuque, que ele tenha uma arma, que ele me siga, que ele faça mal a mim ou alguém que eu ame simplesmente porque eu fui grossa com ele ou algo do gênero.
    Eu nunca sei o que fazer, oras…. Eu sempre percebo quando ele se aproxima de mim e tenta me beijar mas eu ficaria ridiculamente ofendida se ele um dia fizesse isso e eu estivesse distraida, ficaria enojada, ficaria envergonhada, teria vontade de reagir com força fisica mas o medo me proibiria. Se não é engraçado quando esse homem estranho, que me parece ter problemas psicologicos, que eu não sei é de rua, se é alguém que tem casa, que eu desconheço os habitos higienicos, por quem eu não me atraio, que não sei o nome, que eu não sei o quanto sabe ou não de mim tenta me beijar ou abraçar, se quando ele faz isso não é engraçado ou fofo, não é engraçado ou fofo quando outro homem desconhecido consegue me roubar um beijo no rosto. Não importa se já foi, se ele já beijou, não é legal e ponto final.
    Talvez a coisa fosse tão rápida que não daria tempo de eu sentir medo ou nojo, mas a questão é, eu tenho que ser uma pessoa coerente e peço que as mulheres também seja. Se não é engraçado quando um faz, não engraçado quando nenhum faz.
    Não colaborem criticando quem critica essas ações.

  66. Na verdade, ele sabia que ela estava em uma situação vulnerável o suficiente para não haver qualquer reação que o colocasse em desvantagem…

  67. Beliza disse:

    uma reflexão crítica sempre incomoda os acomodados,

  68. Quanto comentário absurdo, meu Deus. E o melhor é ver vários homens “não enxergando” o problema em sermos vistas como objetos públicos voltados para o homem. Claro que é difícil que enxerguem isso, né? Na posição de privilegiados que vocês se encontram, seria perder um privilégio, não poder “invadir” o espaço de uma mulher. Experimentem pensar em suas filhas, esposas, mães, namoradas, passando por esse tipo de assédio. Ainda pensam que é tranquilo? Ou que seria tranquilo caso fosse um “gringo”? (Tou usando esse exemplo porquê na sociedade machista que vivemos essas mulheres são da posse de vocês, né? Talvez a visão seja outra…)

  69. Eduardo teles disse:

    Acho que vc tem preconceito contra brancos O.o

  70. Lili disse:

    Jornalista iniciante. Melhor parar por aí ou aprender a ler o mundo. E pedreiros da Europa viajam, viu? Mas, se a intenção é polemizar, parabéns! rs

  71. Ricardo disse:

    Esse artigo é uma grande bobagem !! Comparativos não cabem , pois quem tem q julgar se o beijo foi acintoso ou assedio é quem foi beijado . Ninguem mais … Como ela não reclamou , vai procurar coisa mais importante pra fazer dona Marilia !!

  72. PCB/SP Célula Jurídica disse:

    Curioso que são os homens que não enxergam machismo… por que será?

  73. Female Tears disse:

    Quanto female tears nesse texto da autora e dos comentários feministicos. tsc tsc Olha os videos que colocaram aí, e o cara beijando o reporter? Pare de female tears.

  74. Danilo disse:

    Machismo? Esse preconceito ta vindo de você, querida! Começado pela sua comparação com um pedreiro! Depois por julgar o fato sem NENHUM contexto! Por favor!

  75. Que nojo ler tudo isso vindo de uma mulher! Até quando vocês não abrirão os olhos/mente para ver que feminismo vai MUITO além do que imaginam? Pensem, pesquisem e se informem. Obrigada!

  76. Adelmo Clementino disse:

    É por causa de tipos machistas como esse croata que ainda existem mulheres casadas com homens, sendo amadas por homens que as fazem felizes, simplesmente pelo fato de terem sim, um tipo macho, para chamarem-no de seu.

  77. Mariana Toledo disse:

    Olá. Sou mulher, feminista, jornalista e, na maioria desses casos, enxergo machismo, sim. Mas não acho que tenha sido o caso aqui. Claro que todos temos direito à nossa opinião. O que eu vi nesse vídeo foi um cara tentando fazer uma graça e aparecer na câmera. Ele poderia, por exemplo, ter dado um abraço em um repórter (homem) ou mesmo um beijo também.
    Não é o primeiro caso que vejo de um/uma repórter sendo “assediado(a)” no trabalho e não será o último. Mas acho que isso tem muito mais a ver com a câmera do que com um atrito entre os gêneros, sinceramente.
    A propósito, a questão do “se esquivar” realmente teria parecido antiprofissional, mas não por ela ser mulher. Diversos repórteres que encontraram reações incomuns enquanto faziam seu trabalho também não puderam se esquivar ou esboçar uma reação, porque isso SEMPRE é considerado antiprofissional, seja a pessoa mulher ou homem, tenha recebido um beijo ou um tapa.

  78. Gabriela disse:

    E era pra repórter ter feito o que? Um escândalo em rede nacional porque ganhou um beijo de surpresa na bochecha??? ¬¬

  79. Gabriela disse:

    Meu, foi só um beijo no rosto, pelo amor de deus! Assédio sexual aonde?? Feminista usa QUALQUER coisa pra falar mal de homem. ¬¬

  80. fernando disse:

    ela riu depois parece até que gostou,agora ela desmereceu os pedreiros

  81. leonada2595leo disse:

    só vejo mimimi, q já foi bem respondido nos posts de repórteres sendo beijados por outros homens! e agora? fala sério! se preocupar com coisas importantes ninguém quer, pq?

  82. Luiz disse:

    Que ideia mais vazia e sem sentido, e por que ele não pode ser um ”pedreiro”? Só por que ele está bem vestido? Seu preconceito, logo no título, encara a situação de um modo errôneo. O que tem de mais em um beijo no rosto? Vejo que se fosse um homem sendo beijado no rosto, não traria nenhum problema, por que ao contrário atrapalha tanto? Sinceramente, concordo com quase todos, não vi assédio nenhum aí. Acho que é muito ”mimimi” pra pouca coisa.

  83. Julia disse:

    O beijo em si nao eh exatamente o problema. O problema eh que estamos num pais conhecido mundialmente por bundas. O problema eh esse croata ter se sentido a vontade para fazer isso com uma desconhecida em pleno exercicio de sua funcao jornalistica, onde ele pode ser espontaneo, ela nao. O problema eh que na nossa cultura, o rapaz que fez isso eh mesmo exaltado, considerado engracado, ousado e espontaneo, e se ela tivesse exercido o direito de se esquivar, seria considerada antipatica. O problema eh que o machismo ja eh tao parte da nossa cultura que nem percebemos que nos, mulheres, temos direitos.
    Nao vejo problema com o contato fisico espontaneo, nem com a ousadia do croata. Acho simpatico, mas isso sou eu. Quantas de nos, mulheres, ja nao passou por uma situacao onde um homem fez um avanco fisico indesejado e tentamos nos esquivar discretamente sorrindo, como se estivessemos fazendo algo errado?

  84. Cecilia disse:

    Essa senhora está procurando chifre em cabeça de cavalo! Preconceituosa é você!

  85. Catarina disse:

    CORREÇÃO: *Tento ao máximo NÃO utilizar essa argumento

  86. Catarina disse:

    Essa gente comentando aqui realmente acha que tá tudo bem um sujeito se sentir no direito de no nada dar um beijo no rosto de uma mulher no meio da rua? Tento ao máximo utilizar esse argumento, mas vamos lá: e se você você mesma, a sua esposa ou namorada? Tudo bem bem também homem aleatório beijando ela?

  87. Arthur disse:

    Toda mulher é contra o machismo até a conta do motel chegar.

  88. alessandra disse:

    Que absurdo esse texto! Quem dera se as pessoas se beijassem mais e se abraçassem mais. De forma respeitosa, obviamente.

  89. renata disse:

    Forçou hein! Povo adora uma onda de falsa simetria

  90. will disse:

    Sexy Cardinals Fan Tries To Kiss Pittsburgh Repor…: http://youtu.be/mRQrpDKFVdg

  91. Amanda disse:

    Sou mulher e esse post me serviu pra confirmar uma coisa.
    Feministas o cacete!!! Quanta asneira meu Deus!!!
    Os exemplos dos vídeos do Rafael são ótimos. Que babaquice, acorda fia e eu como mulher lhe falo vai procurar uma louça pra lavar, ops (isso pode ser machismo né), então vai procurar qqr coisa pra fazer fia, tomar cerveja, trocar uma lâmpada!!! Vergonha alheia dessas feministas!

  92. Gabo disse:

    Porque não fez o texto sobre o beijo parecido que a Fernanda Maia levou de um torcedor mulato, brasileiro, quando cobria o Metro de Itaquera? Era Band e a revolucionária blogueira só vê a Globo? O preconceito dessa matéria é enorme e começa no título.

  93. adriane disse:

    não entendo nem consigo visualizar seu ponto de vista NESTE episódio. reflita um pouco mais, fará lhe bem. bjs (se permitir, é claro)

  94. Rafael disse:

    E tem estes torcedores machistas também
    https://www.youtube.com/watch?v=N7DPTB36iYc

  95. Rafael disse:

    Sem dúvida é um machismo dos torcedores, no vídeo abaixo uma nova demonstração deste racismo (#sqn)
    https://www.youtube.com/watch?v=3DmLU6cyKWA

  96. Gabo disse:

    Marília, vai catar um macaco pra pentear. Faça-me o favor! Não houve assédio nenhum, foi um beijinho simpático na bochecha sem nada demais. Quanto a sua pergunta, quem nunca viu em jogos de futebol repórteres homens levando agarrões de torcedores bêbados, chifrinhos, roubadas de microfone? Esse feminismo que transforma tudo em ofensa, mesmo quando claramente não o é, como nesse vídeo, é um tiro no pé que faz com que os que não são protestetes estúpidos se afastem da causa e polariza de forma babaca a existência nesse planetinha. Vá!

  97. Não consegui enxergar o preconceito

  98. Ueslei Peres disse:

    Aaaaah por favor ne?!
    O que tem demais nisso?!

  99. Obrigada por uma reflexão tão necessária e pontual. Sim, o femnismo ainda faz sentido. E muito!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *