A nova geopolítica do petróleo

Para ameaçar China e manter hegemonia global, EUA queriam afastar-se do Oriente Médio e recuperar autossuficiência em combustíveis. Faltou combinar com sauditas

Barack Obama, num de seus diversos encontros com o ditador saudita, Rei Abdullah (falecido em janeiro e substituído por seu irmão Sultan). Riad quer manter Washington no Oriente Médio -- e tem meios importantes para tanto

Obama, num de seus encontros com o ditador saudita, Rei Abdullah (falecido em janeiro e substituído por seu irmão Sultan). Riad quer manter Washington no Oriente Médio — e tem meios importantes para tanto

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Para ameaçar a China e manter hegemonia global, Washington desejava recuperar autossuficiência em combustíveis e afastar-se do Oriente Médio. Faltou combinar com a Arábia Saudita

Por Ignacio Ramonet | Tradução: Inês Castilho

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Por André Ghirardi

Em que contexto geral desenha-se uma nova geopolítica do petróleo? O país hegemônico, os Estados Unidos, considera a China como a única potência contemporânea capaz, a médio prazo (na segunda metade do século XXI), de rivalizar com ele e de ameaçar sua hegemonia solitária em nível mundial. Por isso, Washington estabeleceu secretamente, desde o princípio dos anos 2000, uma “desconfiança estratégica” com relação a Pequim.

O presidente Barack Obama decidiu reorientar a política exterior norte-americana considerando como critério principal esse parâmetro. Os Estados Unidos não querem encontrar-se de novo na humilhante situação da Guerra Fria (1948-1989), quando tiveram de compartilhar sua hegemonia mundial com outra “superpotência”, a União Soviética. Os conselheiros de Obama formularam essa teoria da seguinte maneira: “Um só planeta, uma só superpotência”.

Em consequência, Washington não deixa de ampliar suas forças e bases militares na Ásia Oriental para tentar “conter” a China. Pequim já constata o bloqueio de sua capacidade de expansão marítima por meio de múltiplos “conflitos de ilhotas” com a Coreia do Sul, Taiwan, Japão, Vietnã, Filipinas… E pela poderosa presença da VIIª frota dos Estados Unidos. Paralelamente, a diplomacia norte-americana reforça suas relações com todos os Estados que possuem fronteiras terrestres com a China (exceto a Rússia). O que explica a recente e espetacular aproximação de Washington com o Vietnã e com a Birmânia.

Esta política de atenção prioritária ao Extremo Oriente e de contenção da China só será possível se os Estados Unidos conseguirem afastar-se do Oriente Médio. Neste cenário estratégico, Washington intervém tradicionalmente em três esferas. Em primeiro lugar, no âmbito militar. Os EUA encontram-se imersos em vários conflitos, especialmente no Afeganistão contra os talibãs e no Iraque-Síria contra a Organização do Estado Islâmico. Em segundo lugar, no âmbito da diplomacia, em particular com a República Islâmica do Irã, com o objetivo de limitar sua expansão ideológica e impedir o acesso de Teerã à força nuclear. E, em terceiro lugar, no âmbito da solidariedade, especialmente no que diz respeito a Israel, para quem os Estados Unidos continuam sendo uma espécie de “protetores em última instância”.

Esta “sobreimplicação” direta de Washington no Oriente Médio (particularmente depois da Guerra do Golfo em 1991) mostrou os “limites da potência norte-americana”, que não pode ganhar realmente nenhum dos conflitos nos quais se envolveu fortemente (Iraque, Afeganistão). Conflitos que tiveram, para os cofres de Washington, um custo astronômico e consequências desastrosas, inclusive para o sistema financeiro internacional.

Atualmente, a Casa Branca tem claro que os Estados Unidos não podem realizar simultaneamente duas grandes guerras de alcance mundial. Portanto, a alternativa é a seguinte: ou os Estados Unidos continuam envolvendo-se no “pantanal” do Oriente Médio, em conflitos típicos do século XIX; ou se concentram na urgente contenção da China, cujo impulso fulgurante poderia anunciar, a médio prazo, a decadência dos Estados Unidos.

A decisão de Barack Obama é óbvia: deve fazer frente ao segundo desafio, pois este será decisivo para o futuro dos Estados Unidos no século XXI. Em consequência, Washington deve retirar-se progressivamente – porém imperativamente – do Oriente Médio.

Aqui se coloca uma pergunta: por que os Estados Unidos envolveram-se tanto no Oriente Médio, a ponto de descuidar do resto do mundo, desde o fim da Guerra Fria? Para esta pergunta, a resposta pode limitar-se a uma palavra: petróleo.

Desde que os Estados Unidos deixaram de ser auto-suficientes, no final dos anos 1940, o controle das principais zonas de produção de hidrocarbonetos converteu-se em “obsessão estratégica” norte-americana. O que explica parcialmente a “diplomacia dos golpes de Estado” de Washington, especialmente no Oriente Médio e na América Latina.

No Oriente Médio, nos anos 1950, à medida em que o velho Império Britânico retirava-se e se reduzia a seu arquipélago inicial, o império norte-americano substituía-o. Para isso, colocou à frente dos países desta região seus “homens”, sobretudo na Arábia Saudita e Irã, principais produtores de petróleo do mundo – junto com a Venezuela, na época já sob controle norte-americano.

Até há pouco, a dependência de Washington em relação ao petróleo e ao gás do Oriente Médio impediu-lhe considerar a possibilidade de se retirar da região. Que mudou então, para que os Estados Unidos pensem agora em fazê-lo? O petróleo e o gás de xisto, cuja produção, por meio do método conhecido por “fracking”, aumentou significativamente no início dos anos 2000. Isso modificou todos os parâmetros. A exploração deste tipo de hidrocarbonetos (cujo custo é mais elevado que o do petróleo “tradicional”) foi favorecida pelo importante aumento do preço do combustível que, em média, superou os 100 dólares por barril entre 2010 e 2013.

Atualmente, os Estados Unidos recuperaram a autossuficiência energética e estão, inclusive, convertendo-se de novo em importante exportador de petróleo. Portanto, já podem considerar, por fim, a possibilidade de se retirar do Oriente Médio, com a condição de garantir rapidamente a cicatrização de algumas feridas que, em alguns casos, datam de mais de um século.

Por esta razão, Obama retirou a quase totalidade das tropas norte-americanas do Iraque e Afeganistão. Os EUA participaram muito discretamente nos bombardeios da Líbia e negaram-se a intervir contra as autoridades de Damasco, na Síria. Por outro lado, Washington busca, em marcha forçada, um acordo como Teerã sobre a questão nuclear, e pressiona Israel para que seu governo caminhe urgentemente a um acordo com os palestinos. Em todos estes movimentos, percebe-se o desejo de Washington de fechar as frentes de guerra no oriente Médio, para esquecer os pesadelos lá vividos e passar a outro cenário, muito mais importante.

Tudo isso se desenvolvia perfeitamente enquanto os preços do petróleo permaneciam altos, cerca de 100 dólares o barril. O preço de exploração do barril de petróleo de xisto, por “fracking” é de aproximadamente US$ 60, o que deixa aos produtores uma margem considerável (entre US$ 30 e 40 o barril).

É aqui que a Arábia Saudita decidiu intervir. Riad opõe-se a que os Estados Unidos retirem-se do Oriente Médio. Sobretudo se Washington estabelecer antes, com Teerã, um acordo sobre a questão nucelar, que os sauditas consideram muito favorável ao Irã. Além disso, segundo a monarquia wahabita, isso exporia os sauditas, e os sunitas em geral, a se converter em vítimas do que chamam de “expansionismo xiita”. É preciso ter em conta que as principais jazidas de petróleo sauditas encontram-se em zonas de população xiita.

Considerando que dispõe das segundas reservas mundiais de petróleo, a Arábia Saudita [e, de longe, as mais facilmente exploráveis (nota da tradução)], decidiu usar o combustível para sabotar a estratégia norte-americana. Opondo-se às consignas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Riad decidiu, contra toda lógica comercial aparente, aumentar de modo considerável sua produção e provocar, deste modo, a baixa dos preços do petróleo, inundando o mercado de combustível barato. A estratégia deu rapidamente resultados. Em pouco tempo, os preços do petróleo baixaram cerca de 50%. O preço do barril caiu a US$ 40 (antes de subir ligeiramente, aos cerca de US$ 55-60 atuais).

Esta política assestou um duro golpe contra o “fracking”. A maioria dos grandes produtores norte-americanos de gás de xisto está atualmente em crise, endividada e corre risco de quebrar (o que implica uma ameça para o sistema bancário norte-americano que havia oferecido créditos abundantes aos neopetroleiros). A US$ 40 o barril, o xisto já não é rentável. Nem boa parte das escavações profundas “offshore”. Diversas empresas petroleiras importantes já anunciaram que cessarão suas exportações em alto mar porque não são rentáveis – o que provoca a perda de dezenas de milhares de empregos1.

Nos últimos meses, uma vez mais, o petróleo tornou-se menos abundante. Os preços subiram levemente. Mas as reservas da Arábia Saudita são suficientemente grandes para que Riad regule o fluxo e ajuste sua produção de maneira que permita um ligeiro aumento do preço (até 60 dólares aproximadamente), mas sem superar os limites que permitiriam retomar a produção por meio de “fracking” ou na maior parte das jazidas marítimas de grande profundidade. Deste modo, Riad converteu-se no árbitro absoluto em matéria de preço do petróleo (um parâmetro decisivo para as economias de países, entre os quais Argélia, Venezuela, Nigéria, México, Indonésia etc).

Estas novas circunstâncias obrigam Barack Obama a reconsiderar seus planos. A crise do “fracking” poderia representar o fim da autossuficiência de energia fóssil nos Estados Unidos. E, portanto, a volta à dependência em relação ao Oriente Médio (e também à Venezuela, por exemplo). Por enquanto, Riad parece ter ganhado a aposta. Até quando?

1Esta consideração não abrange as reservas de petróleo do pré-sal brasileiro. Lá, as jazidas estão localizadas a enorme profundidade (as sondas precisam ultrapassar entre 120 e 2.200 metros de lâmina d’água, para depois perfurar entre 1.900 e 5.300 metros abaixo do fundo do mar); porém, o volume e concentração do petróleo permitem extração a cerca de 50 dólares por barril, incluídos os custos de operação e a transferência de recursos ao Estado brasileiro. Por isso, a intensa disputa pelo futuro das reservas. Ler, a este respeito, em Outras Palavras, Petróleo: a virada nos preços globais e o pré-sal”, de André Ghirardi. (Nota do editor)

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7 comentários para "A nova geopolítica do petróleo"

  1. Pedro Augusto Pinho disse:

    Desde o período colonial não se tem notícia de tamanho esbulho das riquezas brasileiras como o proposto pelo Senador José Serra (PSDB) com seu Projeto de Lei 131, que retira do Brasil o petróleo do Pré-sal.
    Este verdadeiro roubo tem o apoio dos senadores Aloysio Nunes (PSDB), Ricardo Ferraço (PMDB) e Delcídio Amaral (PT), do Ministro Eduardo Braga (PMDB), da senhora Magda Chambriard, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), sem partido, do deputado Eduardo Cunha (PMDB), e outras pessoas que ocupam cargos políticos ou de comunicação no Brasil. Isto mostra que não há interesse ideológico; apenas econômico. Porque este assalto é de muitos bilhões de dólares e se 10% fosse destinado a compra de votos ou de apoios, que faria a fortuna pessoal dos corrompidos, ainda restaria muito para o lucro das empresas estrangeiras de petróleo, como demonstraremos.
    O grande risco de uma empresa de petróleo é não descobrir petróleo: o poço seco, como popularmente se diz. Mas o Projeto do Serra entrega mais de 60 bilhões de barris de petróleo já descobertos no pré-sal. Ou seja, elimina o risco e o custo das descobertas. Quanto vale isso?
    Não se divulga o insucesso, mas pelas obrigações contratuais e os resultados dos contratos com o Reino Unido e a Noruega, para o Mar do Norte, com os Estados Unidos (EUA), para o Golfo do México, com países africanos e asiáticos para seus territórios, podemos calcular que haja 17 ou 18 poços secos para um descobridor. Ora, como se está entregando uma área com petróleo, as empresas estrangeiras estão economizando os poços secos. Um poço seco custa mais do que sua perfuração, pois é resultado de um trabalho que inclui os levantamentos sísmicos, o processamento e interpretação destas linhas sísmicas, a análise e produção de mapas geológicos, feitas por profissionais especializadíssimos, e vários outros custos como as perfilagens por meios físicos dos poços, a logística da perfuração etc, que não seria muito avaliar um bilhão de dólares por poço. Só aí já haveria a economia de US$ 18 bilhões. Mas este petróleo está distribuído em diversas áreas, ou seja, várias vezes este valor.
    Mas não para aí o esbulho. Pela atual legislação que o Senador Serra quer mudar, existe a obrigação do conteúdo nacional nas contratações de bens e serviços. Não é novidade nacional, o Reino Unido e a Noruega fizeram o mesmo para o Mar do Norte, nem dos últimos governos, pois os Presidentes Medici e Geisel também promulgaram leis para garantir a participação das empresas brasileiras. Esta impatriótica proposta, que retorna ao período de Fernando Henrique Cardoso, tirará do Brasil além de empregos, a atividade empresarial que possibilita receitas tributárias. Vamos, por baixo e considerando a participação do petróleo no produto interno brasileiro, estimar negócios de cerca de 500 milhões de dólares. Com tributos e encargos na ordem de 30%, teríamos uma evasão de receita de US$ 15 milhões por ano. Nos vinte anos de produção já seriam menos US$ 300 milhões para o Brasil.
    Mas tem mais, muito mais. Atualmente, de um reservatório de petróleo, se retira até 60% do óleo lá existente. Há 40 anos se extraia a metade deste percentual. Ou seja, as boas práticas de exploração de uma reserva podem permitir que se retorne a ela com as novas tecnologias e aumentar significativamente a produção de um campo. Mas qual o interesse de uma empresa estrangeira, que terá 20 anos para produzir, em adotar os cuidados para retornar àquele campo? Poderíamos demonstrar que é evento corriqueiro no mundo do petróleo, quando explorado por estrangeiros. Tomemos cautelosamente um acréscimo de 4% de incremento na recuperação das reservas, até porque serão decrescentes estes incrementos, após os vinte anos do contrato. Teríamos perdido 2,4 bilhões de barris. Embora não sejam transferidos para o lucro destas empresas beneficiadas com a PL 131 do Serra, significa um prejuízo de mais de 100 bilhões de dólares para o Brasil, ao preço de US$ 50/barril. A Petrobras, como operadora única, há de reduzir de modo significativo este bilionário prejuízo ao Brasil.
    Os ganhos do pré-sal já estão parcialmente destinados à educação e saúde, clamor geral dos brasileiros, com esta medida do Serra, já podemos ver que minguarão estes recursos, saindo por várias portas.
    A PL 131 também é oportunista. Vocês puderam ler, quando o barril de petróleo estava com preço de US$ 40, que ele logo subiria para uns Us$ 60 e que ocorreria antes de julho de 2015. A imprensa familiar insinuava que abaixaria mais. Hoje se aproxima dos US$ 70 e a expectativa é que retorne aos patamares próximos dos US$ 100 na próximo ano. Ou seja, com o Projeto Serra os grandes lucros esperados engordarão os bolsos dos acionistas estrangeiros, ao invés das contas nacionais.
    Parece claro que este projeto tem um preço e nossas considerações já dão o elevado montante disponível. Não seria surpresa que mais participantes do Congresso e do Governo viessem demonstrar apoio ao Projeto Serra. A Comissão que o Senado pretende criar para analisar o Projeto dá a dimensão do pantagruélico repasto que aguardam. Cuidado Brasil !

  2. Felipe Souto disse:

    Excelente artigo. Agradeço a disponibilidade para acesso gratuito.

  3. Felipe Souto disse:

    Depois do “Big Stick”, temos o “Big Hammer”. Instrumento estadunidense de irradiação de poder cujo objetivo é instrumentalizar a direita “velada” e emaranhada nas teias dos países hospedeiros a favor dos interesses do capital especulativo. Usando tribunais orientados para abertura de processos arbitrários, selecionados e oportunos a cada golpe, embasados em fatos e informações coletadas pelos seus serviços de inteligência.

  4. Gallileu Genesis disse:

    Ótimo Artigo.

  5. Jorge Tavares disse:

    Mauricio Hoffmann, Henry Kissinger, diplomata norte americano já deixou bem claro, que os EUA têm interesses, não amigos. Então, esqueça essa “união” que você citou. (concordo com você, mas esperar isso deles é ilusão)

  6. Marcos Doniseti disse:

    Discordo de Ramonet, a quem respeito muito, quando ele diz que os EUA desejam se retirar do Oriente Médio. Afinal, o Império Ianque possui bases militares em todos os países aliados da região: Bahrein, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes. Os EUA também ajudaram a criar e a armar o chamado Estado Islâmico, cuja existência, agora, serve de pretexto para os EUA reforçarem a sua presença militar, visando desestabilizar e destruir o Irã e a Síria. Na Ásia Central acontece o mesmo, com inúmeras bases militares ianques na região, a fim de se promover um cerco militar contra a China. E a OTAN (leia-se EUA) se expandem para as fronteiras russas (vide o Golpe de Estado e a Guerra Civil iniciado pelo governo fantoche dos EUA), também com o objetivo de cercar militar o país de Putin. As grandes guerras, envolvendo centenas de milhares de soldados (incluindo um grande número de mercenários) se tornaram inviáveis, porque a opinião pública ianque não as aceita mais, principalmente depois que Bush Jr mentiu tanto a respeito do Iraque. Além disso, elas custam muito caro e dão resultados medíocres, tornando literalmente ingovernáveis os países que, antes, possuíam governos estáveis (mesmo que autoritários…Mas os governos da Arábia Saudita e demais aliados dos EUA no Golfo Pérsico também são autoritários e isso não impede os EUA de ser aliado dos mesmos). Basta ver o que aconteceu no Iraque e na Líbia, cujos governos mal conseguem manter sob controle o território do país. A Líbia praticamente deixou de existir como um Estado unificado, sendo dominada por grupos extremistas e facções ligadas a clãs e tribos, cada uma com o seu próprio território. Na verdade, o que os EUA desejam é criar Protetorados submetidos aos seus interesses. Assim, nestes países, teremos governos locais inteiramente dependentes do apoio ianque e que adotarão políticas que atendam aos interesses dos EUA. Desta maneira, caso a China queira ter acesso aos minérios e alimentos que são essenciais ao seu desenvolvimento econômico, social industrial e tecnológico ela terá que se submeter aos interesses dos EUA. Desta maneira, controlando (ou mesmo limitando ou impedindo) o acesso da China ao petróleo, minérios, alimentos de que ela necessita para se desenvolver, os EUA conseguirão mantê-la dentro de certos limites, enfraquecendo-a. Com isso, ao bloquear o desenvolvimento de países como China, Rússia, Brasil (leia-se BRICS) os EUA continuarão sendo o único Império Global no século XXI. Aliás, é exatamente este o objetivo do PNAC (Projeto para um Novo Século Americano) que foi anunciado em 1990 pelos neocons dos EUA.

  7. Excelente artigo, os americanos precisam entender que o mundo precisa de mais união e de menos competição, Será que têm capacidade pars enxergar isso em um futuro próximo?

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