Teatro Oficina apresenta O REI DA VELA, de Oswald Andrade

Escrito em 1933 pelo poeta Oswald de Andrade, e publicado em 1937, o texto virou peça e filme. Após o carnaval o Teatro Oficina fará uma curtíssima temporada, com apenas 8 sessões​. Contribuintes de Outras Palavras pagam meia entrada.

Por André Takahashi | Fotos: Jennifer Glass

Em 2017 o Teat(r)o Oficina celebrou os 50 anos da montagem de O REI DA VELA – encenada pela primeira vez no fogo das reviradas de 67. Escrito em 1933 pelo poeta Oswald de Andrade, e publicado em 1937, o texto virou peça, virou filme e ganhou vida de novo em peça, numa temporada de sucesso, com todas as sessões esgotadas, no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros. Agora, em 2018, logo após o carnaval, a companhia fará uma curtíssima temporada, com apenas 8 sessões​ no palco do Teatro Sérgio Cardoso.

Com direção de Zé Celso Martinez Correa, atravessando o espaço-tempo na velocidade antropófaga, O REI DA VELA devora em Paródia TragíCômicaOrgiástica o Brasil Colônia, racha a Casa Grande e expõe o nosso abscesso fechado na praça pública da ágora de 2018, que, no fogo das suas primeiras pulsações, promete ferver.

O bairro do Bixiga, região onde também fica a redação de Outras Palavras, concentra o maior número de teatros em São Paulo – desde a década de 40 se firmou como um pólo de cultura na cidade. Essa nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso, nascido na fertilidade de procriação de companhias geradas pelo TBC – Teatro Brasileiro de Comédia, no coração do Bixiga, faz parte do movimento da primavera cultural nascida em 2017, quando Fernanda Montenegro proclamou o desacovardamento na contracenação com os golpes sofridos diariamente.

Desde então, uma grande mobilização de artistas, políticos e sociedade civil foi iniciada pela preservação do TBC, ameaçado de privatização e aniquilação da memória do teatro moderno e pela criação do Parque do Bixiga (+ info acesse aqui).

Essas 8 sessões serão a estreia de Marcelo Drummond no papel do protagonista Abelardo I. Primeiro ator da companhia, onde atua desde a década de 80, incorporou Hamlet, Dionísios, Boca de Ouro, Walmor Chagas, Euclides da Cunha, Oswald de Andrade, Jesus das Comidas e se preparou durante a temporada de 2017 para receber o bastão de Renato Borghi.

O papel de D. Poloca, defensora do ponto de vista da tradição, família e propriedade, será interpretado por Zé Celso e Joana Medeiros, que como Marcelo Drummond, se preparou durante a temporada de 2017 para o papel. Com aproximadamente 3h e dois intervalos, esta peça de Oswald de Andrade e sua encenação cinquentenária é obra de arte plástica ao vivo no palco italiano.

Em 2017 a montagem celebrou os 80 anos de Zé Celso e de Renato Borghi que, juntos, novamente contracenaram com o artista Hélio Eichbauer e seu magnífico cenário original com palco giratório e telões pintado. O espetáculo recebeu o grande prêmio da crítica e o prêmio de melhor ator (Renato Borghi) pela APCA. Foi eleita a melhor estreia de 2017 pelo júri do Guia da Folha de São Paulo.


Para contribuintes do Outros Quinhentos obterem o desconto em qualquer dia de apresentação, e pagar somente R$30,00, basta enviar seu nome no formulário abaixo até as 15h de quarta-feira 14/02, e, depois, para ter o desconto na segunda semana, preencher até a meia noite de quarta-feira 21/02. Quem preencheu na primeira semana não precisa preencher novamente.  Lembrando: tem que ser um colaborador de Outros Quinhentos . Confirmaremos por e-mail o envio de seu nome para a lista-amiga da bilheteria.

SERVIÇOS ​|​ O REI DA VELA
DE OSWALD DE ANDRADE

Temporada:
1o semana: 15, 16, 17 e 18/02/18
2a semana: 22, 23, 24 e 25/02/18

Horário:​ ​QUI e SEX às 19h30H | SAB e DOM às 18H

Ingressos:
R$ 60 inteira
R$ 30 meia (estudantes, aposentados, professores, artistas, contribuintes do Outras Palavras que enviarem o nome no formulário abaixo e moradores do Bixiga).
Local: ​TEATRO SÉRGIO CARDOSO
Duração: ​3H30
Indicação etária: ​14 anos

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