Para enxergar o capitalismo em sua guerra contra as mulheres: livro inédito traz exemplares em sorteio

Obra de Silvia Federici, “Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva”, ganha edição maravilhosa da Editora Elefante e 5 livros grátis para quem colabora com Outros Quinhentos

Por Simone Paz Hernández

Um livro que veio para trazer luz e novas ideias ao pensamento feminista brasileiro: como a caça às bruxas coincidiu com o surgimento e fortalecimento do capitalismo? Perspectiva irreverente e muito pouco investigada até então, surgiu graças à pesquisa da historiadora italiana — e um dos ícones dos estudos feministas da atualidade — Silvia Federici.

Baseada em uma exaustiva pesquisa documental e iconográfica, e em farta bibliografia, Federici argumenta que o assassinato de centenas de milhares de bruxas foi, juntamente com a submissão dos povos africanos e americanos, um aspecto fundacional do sistema capitalista, uma vez que designou às mulheres o papel de “produtoras de mão de obra”, obrigando-as, pelo terror, a exercer gratuitamente os serviços domésticos necessários para sustentar os maridos e os filhos homens que seriam usados como força de trabalho do sistema nascente.

O livro ganhou edição belíssima, com textura aveludada e projeto gráfico de tirar o fôlego, por meio da parceira Editora Elefante, junto com a Fundação Rosa Luxemburgo. (Mais informações sobre o livro, veja aqui)

O lançamento ocorre nesta quinta-feira 20/7, às 18h, na Galeria Olido (Av. São João, 473 – Centro) e você pode concorrer a um dos 5 exemplares em sorteio, se você for um colaborador de Outros Quinhentos — nosso projeto de financiamento coletivo por um jornalismo independente, crítico e profundo. Se você ainda não colabora, veja como funciona, aqui.

Para concorrer, preencha o formulário abaixo até a sexta-feira 28/7:

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Um comentario para "Para enxergar o capitalismo em sua guerra contra as mulheres: livro inédito traz exemplares em sorteio"

  1. Berenice Coutinho disse:

    Desde o surgimento da herança e da propriedade privada, as mulheres sofrem a opressão de sistemas que as demonizam, encarceram e matam, se elas não obedecem aos rígidos padrões de comportamento, determinados pela sociedade em que vivem .
    A “Santa Inquisição” , os depósitos de mulheres, os navios de órfãs, os hospícios e as prisões são considerados holocaustos, existentes em diferentes épocas, com poder para punir todas aquelas que ousam agir, pensar e expressar sentimentos considerados “anormais”, daqueles que se espera delas.
    A libertação das mulheres é um processo árduo de lutas, que ocorre cotidianamente e requer determinação e força de vontade, armas necessárias para combater a discriminação , o assédio e o abuso.

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