Literatura Brasileira & Cachaça: o refinamento de João Bosco e Aldir Blanc  

Encontro reviverá, neste sábado, as letras inspiradas e a música marcante de uma das grandes duplas da MPB, com o tempero saboroso de aguardentes de MG, RG e SP. Quem contribui com “Outras Palavras” paga meia e concorre a duas entradas grátis

Por Maurício Ayer

[Ao fim, explicação sobre os tipos de inscrição]

Da lírica mais louca à crônica engraçada, além da inspiração histórica, João Bosco e Aldir Blanc criaram peças musicais em que a cachaça é um ingrediente saboroso. São algumas das mais emblemáticas canções brasileiras dos anos 1970 e que serão o mote para as conversas e degustações do 7º Encontro de Literatura Brasileira & Cachaça. Sábado, 11 de agosto, às 16h, no Ateliê do Bixiga, em São Paulo. 

Em uma das mais conhecidas composições da dupla, um “bêbado de chapéu coco” faz par imagético com a “esperança equilibrista” – esperança de que a democracia volte a vigorar num país amordaçado pela ditadura militar e de que os exilados políticos possam retornar ao Brasil. Um bêbado a simbolizar uma (esperançosa) instabilidade, entretanto, é apenas uma das formas que a cangibrina aparece. 

No Rancho da Goiabada, bastam umas biritas para que boias-frias comecem a sonhar com um bife à cavalo e terminem, inopinadamente, em delírios alegórico-carnavalescos de lírios pirados e faraós embalsamados. Em Siri Recheado e o Cacete, a mesma cachaça que garante a “maré cheia” vai ser o acompanhamento do final da saga desse casal que sai para pescar siris pro seu compadre Anescar. Será, no entanto, a canção histórica Mestre-Sala dos Mares, que reconta o episódio da Revolta da Chibata e seu líder nomeado na letra como o “Navegante Negro”, que saudará a branquinha com um sonoro “Glória à cachaça”! 

Este é só um aperitivo, pois são muitas as canções que trazem a cachaça em seus versos, às vezes de maneira surpreendente, entretecendo cultura e história, humor e política. Neste encontro, vamos tocar e cantar ao vivo essa seleção de sambas e outros gêneros, conversar e degustar cachaças especialíssimas.

Leituras e audições: canções de João Bosco e Aldir Blanc.

Degustação: cachaças de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.

*Maurício Ayer é doutor e pós-doutor em literatura pela USP e Universidade de Paris 8, além de escritor, tradutor, editor e sommelier de cachaça. Autor do blog Molhando a Palavra: cachaça e literatura, convenceu-se de que tudo está ligado com tudo e se dedica a procurar os fios de conexão. A cachaça tem ajudado muito nesse processo.

Tipos de inscrição

• Inscrição: para todos os casos, exceto os abaixo especificados.

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