Israel reprime e prepara ataque à flotilha

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Cada vez mais isolado, governo de Telaviv amplia ataques a palestinos e endurece contra 1500 pacifistas de todo o mundo, que chegarão a Gaza no final do mês.

Na Prensa Latina

Forças militares de Israel irromperam hoje em várias localidades da Cisjordânia ocupada e prenderam residentes palestinos, coincidindo com a aprovação de uma polêmica lei sobre prisioneiros e ameaças contra uma flotilha humanitária. Efetivos do Exército de ocupação e da polícia entraram usando a força em Issawiya, um povoado de Jerusalém Leste, e revistaram moradias palestinas, danificando pertences de seus moradores.

Ativistas palestinos denunciaram que os militares também atacaram duas casas na aldeia Husan, situada ao oeste da cidade cisjordana de Belém, e destruíram o mobiliário.

Outros abusos da polícia israelense foram constatados em distritos da aldeia Al-Shawawra, ao leste de Belém, mas se ignoram os detalhes.

O jornal The Jerusalem Post, por sua vez, informou que militares israelenses prenderam nesta quinta-feira em sua casa de Kfar Surif, ao norte de Hebrón, Samir Qadi, deputado palestino filiado ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza.

Qadi esteve encarcerado em Israel de 2006 a 2009 ao ser preso durante uma onda repressiva e de detenções praticada depois da captura do soldado Gilad Shalit por um comando islamista na fronteira de Gaza.

A detenção de Qadi ocorreu após a aprovação, ontem à noite no parlamento israelense (Knesset), de uma lei que permitirá que os chamados prisioneiros de segurança (termo usado para cidadãos árabes considerados perigosos) sejam devolvidos a prisão sem julgamento prévio.

Dita normativa proposta pelo político Danny Danon, pertencente ao direitista partido Likud (no poder), busca impedir que os presos palestinos retomem algum tipo de atividade política quando forem libertos como parte de uma troca de prisioneiros.

O exército de Israel, por outro lado, recebeu “instruções claras” de impedir qualquer violação de seu bloqueio marítimo a Gaza e elevou a preparação militar e o alerta depois do anúncio de que uma flotilha com ajuda humanitária chegará ao território no final deste mês.

A respeito, as forças navais realizaram ontem exercícios militares para frustrar o acesso à costa da Faixa pela chamada Flotilha da Liberdade 2, em tributo a uma interceptada com brutalidade por Israel em maio de 2010, quando morreram nove pessoas.

O gesto solidário com os palestinos será protagonizado por mais de 1.500 pacifistas de diferentes nacionalidades dispostos a furar o cerco naval e terrestre imposto a Gaza desde junho de 2006 e intensificado um ano depois.

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