Dívida, a nova arma de Israel para o genocídio

A ultrajante proposta de empurrar a população de Gaza para o Egito – mediante “recompensa”

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (à esquerda) com o presidente egípcio Abdel-Fattah el-Sissi (à direita) às vésperas da Assembleia Geral da ONU em Nova York, em 27 de setembro de 2018. (Avi Ohayon/PMO)
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Depois de massacrar dezenas de milhares de palestinos e deixar sem teto quase toda a população de Gaza, Israel conseguirá transferir os remanescentes para o Egito? O risco desta “limpeza étnica” radical foi suscitado ontem, num texto do The Wire – publicação da Internacional Progressista liderada por Bernie Sanders e Yanis Varoufakis. O trunfo de Tel-Aviv seria a dívida – corda no pescoço do Egito. O país árabe vive crise cambial aguda e tem dificuldades crescentes para importar até mesmo alimentos. A “solução” – aventada por um ministro do gabinete de Benyamin Netanyahu e vazada pelo Wikileaks – seria triangular. O Cariro aceitaria receber 2 milhoes de palestinos, intalando-os em tendas no deserto do Sinai. Os EUA, aliados de Israel, exerceriam influência junto ao Banco Mundial pelo cancelamento da dívida. Tel-Aviv se apropriaria em definitivo de Gaza e daria mais um passo para sepultar a luta por um Estado palestino.

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