Viagem: rumo ao Pescoço da Lua

No Equador, um pequeno país com diversidade geográfica única, o Cotopaxi, segundo maior vulcão ativo do mundo ameaça despertar e evoca nossa delicada existência

Por Lívia Velasco, no Calle2

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No Equador, um pequeno país com diversidade geográfica única, o Cotopaxi, segundo maior vulcão ativo do mundo ameaça despertar e evoca nossa delicada existência

Por Lívia Velasco, na Calle2

Das voltas que o mundo dá. E quantas seriam até subirmos 4.600 metros de altura? Fazia um frio tremendo, cinco graus, tempo fechado, neblina por todo lado.

Naquela manhã, saímos de Quito, a capital do Equador, pela estrada Panamericana Sur. O objetivo final: visitar o segundo maior vulcão ativo do mundo, o gigante que dá nome ao Parque Nacional Cotopaxi.  Depois de 60 quilômetros e uma hora e meia de viagem já estávamos na cidade de Latacunga (Estado de Cotopaxi), entrando em sua casa.

A camionete engasgou em mais um lamaçal. Eu e minha recém-formada família equatoriana, os Terneus, acabamos atolados. O sorridente Ramiro, conhecido como a “enciclopédia humana”, guia oficial das nossas expedições, mas engenheiro de profissão, era o copiloto da rodada.

Sebastián, seu filho mais velho, estava no volante. O aventureiro de bota e de coração tentava manter o controle e o bom humor. Saul, o caçula da família, gritava com o motorista, mas do porta-malas. Coitado, tinha sido esse seu destino já que estávamos com lotação máxima no veículo, resultado da minha presença.

No banco traseiro: eu, Belinda, amiga que conheci em Barcelona há alguns anos, e sua mãe Iliana. Foi para Beli a promessa que cumpria de visitá-la e naquele momento entendia o quanto a amava. Não pelo lamaçal, disso nunca tive medo. Mas só pensava numa coisa: tanto lugar no mundo e a amiga nasce em um país com 84 vulcões?

O Equador pertence ao Círculo de Fogo do Pacífico. A área de 40 mil quilômetros, que circunda vários países na bacia do Pacífico, possui a maior atividade sísmica do mundo, sendo responsável pela maioria dos terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas que ocorrem no globo. Japão, Filipinas, Tailândia, Indonésia, Nova Zelândia e ilhas do Pacífico Sul estão nessa região. Na América Latina, o Círculo do Fogo abarca toda a costa oeste, do México ao Chile.

Estar rodeada por vulcões me parecia assustador, despertava em mim as fragilidades mais infantis. Apesar da apreensão que isso me causava, o Equador, com cerca de 16 milhões de habitantes, me impressionava também pela sua beleza natural e biodiversidade.

Leia o texto na integra na revista Calle2

 

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