Rafucko entrevista Eduardo Viveiros de Castro

Na tentativa de redescobrir a Nova terra Brasilis, Rafucko Alvares Cabral conversa com o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro

Por Rafucko, em seu blog

 

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Na tentativa de redescobrir a Nova terra Brasilis, Rafucko Alvares Cabral conversa com o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro

Por Rafucko, em seu blog

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4 comentários para "Rafucko entrevista Eduardo Viveiros de Castro"

  1. (Sem contar a febre provocada pelas mudanças constantes sol-chuva, que atrasava sempre o trabalho em pelo menos 3 dias)…

  2. Ouso entrar neste debate porque acredito que tdoas as vozes devem ser ouvidas, do contrário, por melhores que sejam nossas intenções, estaremos sempre sujeitos a um ciclo vicioso do bem contra o mal. Podemos falar de perspectivismo e virar índios ou até mesmo portugueses da época do descobrimento com o tosquíssimo Rafucko. assim mesmo irá se tratar do mais antigo enredo conhecido: a tragédia grega, e ela não me parece ameríndia…
    Ou seja, sejamos honestos e paremos de achar que apenas nosso conhecimento importa.
    Há diversas postagens esdrúxulas no Questão Indígena sim, inclusive as que mencionam sua pessoa e outras mais. Todavia, o site merece a sim a tenção dos intelectuais sérios ao menos por duas razões.
    A primeira delas, porque em tese, representaria, um grupo social que na minha opinião vem sendo extrapolada sem proveito. Os ruralistas são uma bancada na câmara, e só. O restante da população que vem sendo vitimada com esse discurso faceiro é um povo pobre, colonizado. Um bando de índios que vivem próximo às aldeias sem terem áreas demarcadas ou que não se organizaram para isso em momento e que vem sendo ridiculamente atacados por indigenistas da Moóca e da Asa Norte, quase todos eles acreditando piamente que são legítimos Villas.
    Se repararmos para o que isto significa, estes indigenistas são os novos bandeirantes. E agora estão matando também, mas claro, os índios estão aí pra responder pelos seus crimes enquanto eles levantam bandeiras. falsas bandeiras.
    eu jamais vi o CTI ou outras organizações governamentais defenderem ou cobrarem publicamente a reforma agrária. São realmente militantes sociais?
    Seguro que é um erro grotesco pensá-lo. Mas as pessoas preferem o círculo privilegiado porque, como dizia Chico Buarque, o poder atrai o intelectual, toma-lhe de conta pelo ego.
    Não vos julgo prof. Viveiros, divergências ideológicas à parte, gosto muitíssimo do seu jeito franco e espontâneo, e de sua poética milagrosa. Se quer sou antropólogo, mas seus livros são muitíssimo importantes, ao menos, na minha formação espiritual, e por aí vamos.
    A minha opinião não vale lá muito mais que a do Rafusco (uma hora eu acerto…). Pra mim o Rafusco é igualzinho esses irresponsáveis indigenistas Villas-Boas de calças arriadas que critiquei algus parágrafos acima. Péssimo.
    Muito melhores são suas diversas palestras disponíveis em outros canais.
    Me pergunto até como o senhor aceitou participar de m vídeo com uma concepção tão ruim, mas creio que se deva ao fato de o senhor estar sempre aberto. então o perdôo ao senhor, mas não a esses que fizeram um vídeo que em nada honra a sua trajetória intelectual. Mas repito, minha opinião não vale lá muita coisa, e quem sabe um dia eu venha mudar de idéia. Assim como o senhor, meu jeito franco geralmente só me traz problemas (karma).
    O RafusKo – com K agora, porque´o humor parece coisa de russo – é tão tosco quanto o Questão Indígena, que vocês tanto criticam. A única coisa que realmente salva o vídeo, são as falas do professor Viveiros.
    Pra mim podia fazer uma edição mantendo todas as falas. Todas as suas falas, professor. E corta quando o português mais estranho do mundo abrir a boca ora com sotaque, ora sem; ora dizendo alguma coisa útil, ora lhe interrompendo a toa. Quando ele aparecesse podia cortar a imagem, manter a fala, e colocar imagens suas, de seus livros, enfim, dos índios.
    Se a pauta foi sugerida pelo senhor, porque não sugeriu a edução também?
    E se o senhor sugeriu a edição, então por favor, volte a escrever urgentemente.
    Por fim, a respeito do Questão Indígena.
    acho justo que todos os segmentos sociais, sejam eles “do bem” sejam “do mal”, possam se expressa da maneira que melhor lhes for conveniente, ou então temos uma censura. Ora, se o português com humor de russo pode fazer uma entrevista com um dos mais emblemáticos intelectuais brasileiros no Arpoador, da maneira mais tosca possível, porque não podem esses relés escreverem seus textos provocativos? O senhor acha justo chamá-los de agro-evangélicos, etc?
    Não faço parte da patota e não tenho nem idéia de quem se trata. Com geógrafo devotado ao tema, elaborei um conjunto de 16 perguntas e lhes enviei, afim de que respondessem de maneira anônima, para que depois eu pudesse transformar esta entrevista em um artigo crítico, engrossando assim meu currículo para os concursos acadêmicos que venho fazendo afim de conseguir sair do lugar mais podre que eu já conheci, que é o atual ambiente
    indigenista brasileiro, em especial o estatal clássico (poque é sacanagem criticar meus colegas da saúde e da educação).
    Mas estas perguntas jamais foram respondidas, e tenho que me contentar em ler as postagens e ver o que pode ser extraído dalí de útil para compor um texto contextualizando a parte útil da crítica que produzem. de . Confesso que tenho visto muita coisa interessante. Apesar de achar que algumas postagens são mesmo anti-indígenas, percebo que outras são muito sérias e reais, e – creia – parecem comprometidas com a causa indígena também. Ou seja, devem haver váris idéias discordantes por trás deste blog, não creio que eles atuem em consenso. E isso talvez seja o que tem de mais positivo alí, até porque todo consenso é burro.
    Antes que o senhor se pegue achando que eu faço parte dessa laia, não tenho nem idéia de quem sejam e não só. Já lhes enviei um email dizendo que ao mirarem sua figura, eles realmente, estão perdendo tempo, porque sua influência se dá apenas no plano intelectual. O senhor não é responsável pelo fato de um bando de puxa-sacos acadêmicos viverem babando seu ovo e fazendo um monte de bobagens indigenistas dizendo serem seus seguidores…. Stalin era marxista… se tivessem que mirar alguém, que é o responsável de fato por toda esta balbúrdia qu o indigenismo virou, teriam de mirar no cacique branco de SP e não no senhor, prof. Vivieiros. Sem poder ser mais claro que isso, quero dizer que daqueles que o segue no plano acadêmico, uma boa parte o senhor deve se orgulhar.
    O problema são aqueles que vão pela cabela do antropólogo de Estado. Não é só a Geografia que serve pra fazer a guerra…. E tenho visto que de guerra entendem mesmo. Como os covardes agem por meio de exércitos, eles militarizaram o indigenismo de quatro anos pra cá, inventaram mega-operações ao agrado de quem está no co,ando do setor responsável na FUNAI. Antigamente, até 6, 8 anos, era só em situações extremas, mas agora virou rotina, e já participei de inúmeras atividades idiotas, com resultados medícores, ao custo de vários milhões de reais jogados fora, para satisfazer a vontade do antropólogo de Estado tomado pela vaidade de um Haushafer.
    Todos sabemos bem quem são essas pessoas e o que estão fazendo
    (qualquer semelhança Benjamin Netanyahu nao é mera coincidência, são todos fascistas).
    Eles é quem estão botando fogo em tudo, e criando ambientes insustentáveis para os índios, os indigenistas, todo mundo, como ocorreu em Humaitá onde, m que pese os abusos da ditadura, jamais um Tenharin foi assassinado nos últimos 40 anos. Longe disso, o município de Humaitá foi o primeiro do país a ter uma Secretaria Especial Indígena, e o ocupante do cargo foi justamente um Tenharin. Quem criou esse conflito? Irá responder?
    Me lembro que responsável pelo naufrágio do Concórdia, na Itália, estava numa jogatina na hora do acidente…. Não foi por mal, mas ele está em prisão domiciliar há dois anos. Só não está na cela porque é réu primário.
    Lá na Koréia, um outro capitão pisou feia na bola com a galera das férias do segundo grau… Não foi por querer, oras, quem vai querer provocar um acidente que traga o prejuízo de um enorme patrimônio e algumas vidas? Em sã consciência, ninguém. Mas ele faltou com a responsabilidade dele e está preso.
    Não preciso nem falar que á em Humaitá só os índios estão presos… Será que eles tramaram tudo isso sozinhos mesmo? Sei não…
    Mas ainda bem que eles estão aí como sempre, pra pagar o pato, não é,
    quer o indigenismo venha dando certo, quer não….
    É por isso que não acho justo o senhor chamar a esse pessoal de evangélico etc, não perca seu tempo nem caia na pilha. ‘Ao que brilha por luz própria nada pode apagar” (Milton Nascimento)…
    Aliás, como evangélico originalmente, me senti até ofendido, pois conheço
    dezenas de pessoas da mesma religião a minha que não pactuam com nada do que dizem alí…. Cuide-se professor.
    * * *
    Por fim, e para selar meu amor e a oportunidade de dialogar com um dos maiores poetas da atualidade – é assim que o vejo (e isso na minha opinião é extremamente positivo) – gostaria de contar-lhe algo que vivi e tenho testemunhas, espero que goste do relato.
    A equipe de elaboração do fascículo Pirahã do Proj. Nova Cartografia Social da Amazônia (disponível no site do projeto) nos deslocamos entre as aldeias Pirahã durante longas horas pelo rio Maicy, cerca de 10 horas por dia numa voadeira da FUNAI – CR Madeira….
    O tempo alternava: uma hora chovia torrencialmente, e na hora seguinte fazia um sol infernal. não somente nós chegamos inundados. Nosso rancho, nossas câmeras, nossas roupas…. Desagradável.
    Chegamos na aldeia Piquiá e observamos que as voadeiras da SESAI todas possuem cobertura e bancos acolchoados, que custam no máximo 10 a 15% do valor total do equipamento. A SESAI, que é irmã da FUNAI, tem voadeiras com cobertura porque os profissionais de saúde, por piores que sejam – até porque a SESAI não é lá essa maravilha – são humanos, e estão mobilizados em promover a saúde e salvar vidas, a começar pelas dos próprios tripulantes: enfermeiros, dentistas, etc.
    As embarcações da FUNAI não possuem cobertura, porque o princípio é outro. Lá nós temos que ser MACHOS, temos que aguentar tudo sem reclamar, sofrer assédios diversos, trem da alegria dos parentes ongueiros e não reclamar jamais da chibata velada em nosso lombo indigenista assado.
    O Rafusco é tosco, e afinal, parabéns pro Rafusco, que teve as caras de fazer o vídeo e colocar aí, pra gente curtir e criticar. O que não pode é censurar.

  3. Antonio Martins disse:

    Escreve Antonio Martins, editor de Outras Palavras. Spensy Pimentel, um velho amigo, alertou-me há minutos para o fato de termos publicado, em nosso site, matéria estampada originalmente em “Questão Indígena”, apresentando entrevista do Rafucko com Viveiros de Castro.
    A entrevista é ótima – por isso a divulgamos, assim como outros textos do Viveiros. Tomei ciência dela por meio do “Questão Indígena”, que não conhecia. Achei o texto de apresentação bobinho, mas isso é relevável. Ignorava – e sou muito grato ao Spensy, por me informar – as tramoias que há por trás do “Questão Indígena”.
    O conserto está feito. Mantivemos o vídeo e substituímos o texto pela brevíssima apresentação, feita pelo próprio Rafucko, sobre a entrevista: http://wp.me/p3C2Pm-4I1. Te peço desculpas, Viveiros pelo engano. Outras Palavras continua sempre aberto a tuas provocações indispensáveis.
    Abraço forte
    Antonio Martins

  4. Eduardo Castro disse:

    Vocês são legais, mas estão levando uma carona de uma cambada fascista purulenta, uma verdadeira infecção intestinal agroevangélica, esse blog ‘Questão Indígena”. O humor deles é não-intencional. É inveja e ódio. Veja só por exemplo o uso de “semi-deus”. Protesto contra esse minha degradação em “semi-“.

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