Mobilidade: Estocolmo prepara-se para o pedágio urbano

Capital sueca avalia plano para cobrar, dos motoristas, “taxa de congestionamento”. Em cidade farta de transporte público, recursos serão utilizados para ciclovias e outras formas de locomoção alternativa

Por Rosália Vasconcelos, no VadeBike

160212-Estocolmo

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Capital sueca avalia plano para cobrar, dos motoristas, “taxa de congestionamento”. Em cidade farta de transporte público, recursos serão utilizados para ciclovias e outras formas de locomoção alternativa

Por Rosália Vasconcelos, no VadeBike

Estocolmo, capital da Suécia, está levando a sério a ideia de se tornar a capital mundial do ciclismo urbano. Três pesquisadores do Instituto Real de Tecnologia (KTH) desenvolveram um plano, cuja proposta é de que o motorista pague uma espécie de “taxa de congestionamento” para criar um fundo de financiamento aos projetos e iniciativas relacionados à bicicleta. Apesar dos avanços neste país, cerca de 160 mil automóveis ainda circulam diariamente nas ruas de Estocolmo, o que, para muitos suecos, é um fator de agressão ao meio ambiente e à qualidade de vida das pessoas.

Quatro grandes áreas se beneficiarão com o fundo criado pela taxa de congestionamento: infraestrutura, com investimentos em ciclovias e estacionamento para bicicletas; regulamentação; serviços, tais como oficinas para bikes; e a criação de um sistema de informações, incluindo a disseminação das regras de trânsito e direitos e deveres dos ciclistas.

O projeto “In-Car” foi desenvolvido pelo pesquisador da KTH, Teo Enlund, e suas doutorandas Hanna Hasselqvist e Mia Hesselgren. Eles explicam que a ideia é a de que quem optar pelo carro dentro da cidade, pague essa taxa de congestionamento. Já quem optar por se deslocar de bicicleta, receberá pontos que se reverterão em créditos para financiar, por exemplo, a manutenção da magrela. Ou seja, parte do fundo será destinado também aos serviços de manutenção de bicicleta, como a troca de um pneu furado e a lubrificação da corrente.

Se esse projeto for posto em prática, trará uma verdadeira mudança de prioridade, na medida em que onera o sistema para quem polui o meio ambiente e diminui a qualidade de vida na cidade, ao mesmo tempo em que “presenteia” quem decide pela bicicleta. “Muitos estudos mostram que cada centavo que a cidade investe na bicicleta volta com juros na forma de uma saúde melhor, um ambiente melhor e menos congestionamento. Investir em bicicleta é puro lucro para as sociedades”, defende Enlund.

Em relação à infraestrutura, a proposta é tanto melhorar o que já existe como ampliar outros projetos. Entre os exemplos, estão ciclovias incompletas ou que “terminam do nada”, obstáculos no meio da rua, buracos, cruzamentos perigosos e curvas apertadas. Já sobre os novos projetos, ele cita as chamadas “artérias de bicicletas”, que são rodovias com duas pistas: uma para ciclistas mais rápidos e outra para os mais lentos, além da separação total da pista destinada aos carros. A ideia é garantir segurança máxima para quem aposta na bicicleta.

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