A nova tática do MPL para garantir Direito à Mobilidade

A partir desta semana, em S.Paulo, movimento vai às periferias e articula luta pela tarifa zero com reivindicações da população relacionadas a transporte público

No Periferia em Movimento

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A partir desta semana, em S.Paulo, movimento vai às periferias e articula luta pela tarifa zero com reivindicações da população relacionadas a transporte público

No Periferia em Movimento

M’Boi Mirim, Campo Limpo, Grajaú, Centro… As periferias e a cidade de São Paulo vão parar novamente contra as catracas.

Organizada pelo Passe Livre e por movimentos autônomos das periferias paulistanas, a Semana de Luta por Transporte Público será marcada por manifestações do centro ao extremo sul da cidade.

Após as jornadas de junho e a consequente revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô para R$ 3,20, militantes voltam às ruas na próxima semana pelas melhorias das condições de transporte coletivo.

VEJA ABAIXO AS DATAS, LOCAIS E REIVINDICAÇÕES DE CADA REGIÃO:

M’Boi Mirim

Na região do Jardim Ângela e Jardim São Luís, o movimento Luta doTransporte na M’Boi Mirim reivindica a duplicação da estrada que atravessa a região e constantemente vive engarrafada, além da volta de linhas de ônibus que ligam os bairros diretamente ao centro, sem baldeações em terminais.

“Quando cortaram quase todas as linhas que iam do fundão da M’Boi até o centro e obrigaram todo mundo a usar um terminal que só atrapalha a nossa vida, ninguém perguntou para nós o que achávamos disso. É porque o prejuízo do usuário, que agora tem que pegar mais de um ônibus e enfrentar uma fila enorme no terminal, representa lucro para o empresário, que ganha mais a cada vez que a gente gira a catraca”.

O protesto na região acontece a partir das 04h30 da manhã na segunda-feira, dia 21, na esquina da M’Boi Mirim com a avenida dos Funcionários Públicos.

Mais informações aqui.

Extremo Sul

Na região do Grajaú, Varginha e Parelheiros, o movimento Luta do Transporte no Extremo Sul se organiza pela:

– Criação de linhas circulares entre os bairros 24h

– Volta das linhas diretas bairro-centro

– E construção imediata das estações de trem nos terminais Varginha e Parelheiros

“Sem falar na humilhação coletiva que vivemos diariamente no Terminal Grajaú. Desde que construíram o terminal, cortaram quase todas as linhas que iam direto dos bairros até o centro, forçando a população a perder horas pegando mais de um ônibus e enfrentando filas enormes. Para quem pega ônibus, o sistema de transporte parece uma bagunça. Mas a verdade é que ele está muito bem organizado. Organizado não para o nosso bem-estar, mas para dar dinheiro para os donos das empresas de ônibus”, diz o comunicado dos organizadores.

O movimento convoca para uma manifestação no próximo dia 23 (quarta), a partir das 17hs. A concentração ocorrerá em frente à Escola Estadual Carlos Ayres, próximo ao Terminal Grajaú.

Mais informações aqui.

Campo Limpo

Contra o terminal Campo Limpo e o retorno das linhas que ligam diretamente o centro aos bairros, o movimento Luta do Transporte no Campo Limpo convoca uma manifestação para o dia 24 (quinta-feira), a partir das 17hs, em frente ao Extra Taboão.

“Chegou a hora de perder a paciência. Acabar com essa festa dos empresários que criam terminais só para fazer a catraca girar mais, dia 24 – quinta feira vamos lutar pelas nossas linhas de volta”, diz o comunicado.

Mais informações aqui.

Centro

Convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), o ato pela tarifa zero encerra a Semana de Luta por Transporte Público denunciando que o serviço não pode ser um negócio.

“E embora ele pareça um caos, está muito bem organizado – não para nós, os usuários, mas para os poucos que lucram muito com a nossa passagem. Para eles, nosso aperto é um ótimo negócio: como a prefeitura paga as empresas de ônibus por passageiro transportado, quanto mais gente elas enfiarem dentro de cada ônibus, mais dinheiro vão ganhar, com o menor custo possível. Para elas, é melhor que o ônibus passe pouco, e sempre lotado”, dizem os militantes, no Facebook.

“Ao cortar linhas e construir terminais como Campo Limpo, Grajaú, Jd. Ângela, Butantã e tantos outros que ainda estão no papel, o governo não consulta ninguém e atrapalha a vida de muita gente. Enquanto isso, os empresários saem no lucro”, continuam.

O ato está marcado para sexta-feira, dia 25, a partir das 17hs em frente ao Theatro Municipal (praça Ramos de Azevedo), no centro. A data celebra os nove anos da Revolta da Catraca, que aconteceu em 2004 em Florianópolis e inspirou o MPL.

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Um comentario para "A nova tática do MPL para garantir Direito à Mobilidade"

  1. Araújo disse:

    ─ Todos tem o direito e o dever de participar. Afinal a responsabilidade é de todos. As reivindicações são amplas, só que a bandeira é única a do MPL – Movimento Passe Livre. O momento é ímpar e oportuno, para desmascarar tanto os opressores, quanto os oportunistas. PAU NELES!

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