A horta-modelo do MST no Paraná

Numa propriedade da União, antes ocupada ilegalmente por empresas, 250 famílias cultivam hortaliças sem agrotóxico algum. Inconformados, ruralistas protestam com tratoraços…

Por Geani de Souza, no MST

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Numa propriedade da União, antes ocupada ilegalmente por empresas, 250 famílias cultivam hortaliças sem agrotóxico algum. Inconformados, ruralistas protestam com tratoraços…

Por Geani de Souza, no site do MST

Há quase um ano o acampamento Maria Rosa, localizado no município de Castro, região dos Campos Gerais do Paraná, é referencia na plantação de produtos orgânicos.

A ocupação – que foi realizada em agosto de 2015 -, conta hoje com cerca de 250 famílias ligadas ao MST vindas dos municípios de Castro, Lapa, Teixeira Soares, Ipiranga e Ponta Grossa.

Desde que ocuparam a fazenda, as famílias – que são detentoras de um pedaço de terra de 10mX50m, para plantação -, vêm produzindo alimentos saudáveis para a auto-sustentação do acampamento e também para mostrar para a sociedade que a produção de alimentos sem veneno é sim possível.

“As famílias plantam hortaliças em geral, uma diversidade de alimentos que são vendidos nos municípios de Castro e Carambei”, disse o acampado Rodrigo Athayde.

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Histórico

A Sociedade Rural de Castro vem fazendo protestos no município desde que o MST ocupou a área. Marchas e tratoraços já foram realizadas para tentar proibir o movimento de permanecer na área.

“Os fazendeiros da região fazem o trabalho com os moradores dizendo que o acampamento esta ali apenas para fazer loteamento para em seguida entregar para as lideranças do MST. A nossa resposta se baseia em mostrar a produção de alimentos sem veneno que produzimos”, enfatizou Athayde.

A fazenda, que é propriedade da União, estava sendo utilizada por duas empresas irregulares, entre elas a Fundação ABC. Ambas tinham contrato de uso vencido há 10 meses com o órgão.

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Sabendo disso, a União destinou a área para leilão, porém, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)  solicitou que ela fosse destinada para a Reforma Agrária, transformando as terras em um assentamento modelo em que toda produção seja agroecológica.

Desde abril de 2014 há uma liminar de despejo contra a Fundação ABC, com multa diária de R$ 20 milhões, mas o governo do Paraná não cumpriu com a ordem judicial.

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