FIFA adverte: Curta a Copa, mas não Compartilhe

Incrível: entidade quer proibir torcedores de transmitir informações sobre jogos, publicar fotos e mesmo comunicar resultados via internet. Proposta: vamos desobedecer?

Por Jacqueline Lafloufa, no Brainstorm9

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Incrível: entidade quer proibir torcedores de transmitir informações sobre jogos, publicar fotos e mesmo comunicar resultados via internet. Proposta inocente: vamos desobedecer?

Por Jacqueline Lafloufa, no Brainstorm9

Um guia de conduta da FIFA, divulgado no finzinho da semana passada, sugere como seria o comportamento exemplar dos torcedores dessa Copa do Mundo, e traz algumas curiosas proibições.

Uma delas é o impedimento de postagens nas redes sociais sobre o resultado dos jogos a partir dos estádios.

“Os torcedores não deverão transmitir ou de qualquer forma disseminar pela internet ou qualquer outra mídia, inclusive dispositivos móveis, qualquer som, imagem, descrição ou resultado de qualquer evento que esteja ocorrendo dentro do Estádio, no todo ou em parte, ou auxiliar outra pessoa na condução de tais atividades”

Diário do Nordeste destaca também que xingamentos não serão aceitos dentro das arenas, bem como a entrada com tablets e instrumentos musicais, como caxirolas, vuvuzelas e cornetas.

Há também regulamentação para os futuros cartazes tentando chamar a atenção de Galvão Bueno nas arquibancadas – eles deverão se restringir às medidas de 2m x 1,50m.

Claramente a FIFA espera um comportamento de lorde dos torcedores, além de pedir por alguns detalhes que parecem quase impossíveis de controlar. Como evitar Instagramadas, Vines, tuitadas, comentários e vídeos no Facebook feitos por quem está dentro do estádio?

código de conduta sugerido para a Copa do Mundo pode ser conferido na íntegra no site da FIFA.

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3 comentários para "FIFA adverte: Curta a Copa, mas não Compartilhe"

  1. Era o horário de repasto do dia 09 de junho de 2014. Sol fulgurante a despeito da temperatura amena do final de outono. Faltavam três dias para a abertura do maior evento do futebol mundial, a Copa do Mundo, ora sediada no Brasil, ainda que os lucros viessem a ser de uma empresa privada.
    Descia eu com um companheiro e camarada com vistas a repor as energias para o turno da tarde. No caminho, eis que encontramos um velhinho de longas barbas brancas, amareladas pelas 4.700 substâncias tóxicas do cigarro, fato devidamente alertado pelo Ministério da Saúde. O velhinho, com ar de um sobranceirismo tripudiador, pôs-se a nos provocar sobre o clima – não o das intempéries, mas o da atmosfera humana. Era nosso guru intelectual, acompanhado de um jovem camarada do longínquo Ceará.
    Unimo-nos os quatro no exato local do encontro: um ponto de ônibus de uma movimentada avenida. Pusemo-nos a conversar no tom criado pelo zombeteiro mentor. A pauta, como não poderia deixar de ser, era o mega-evento esportivo.
    Engana-se, todavia, quem imaginou que discutimos sobre futebol, assundo sobre o qual não ouso falar. As análises sagazes dos meus camaradas passearam desde os últimos acontecimentos noticiosos, como a greve dos metroviários ainda em vigor na ocasião, até o semblante sempre sisudo de uma sociedade de eremitas que, como urubus, não se olham, mesmo estando lado-a-lado, ombro-a-ombro – se é que urubus tem ombros. Eremitas esses que, no ponto, ao nosso lado, ouviram as vozes sem etiqueta e não esboçaram senão a reação de estranha surpresa em presenciar quatro barbudos conversando em volume alto, em assustadora pantomina e, o pior, rindo muito.
    Para encurtar a conversa, em suma, os brasileiros estavam doentes, amargurados, insatisfeitos, e o “país do futebol” não dava a mínima para a “Copa das copas”. As ruas não foram pintadas como sempre foram antes, mesmo quando o mega-evento era sediado em outro lugar; os carros não ostentavam bandeiras verde-amarelas e não se ouvia um só som de vuvuzela. Mas faltavam apenas três dias para a Copa! O que teria acontecido com o país do futebol?
    Eis a professia: muitos pesquisadores estão certamente trabalhando esse tema, mas, como a grande mídia se vê obrigada a obrigar seus apresentadores a incitar uma atmosfera de euforia por meio de sorrisos amarelos e entonações visivelmente falsas, ninguém é louco o suficiente para publicar tais estudos. Não agora, às vésperas da maior bola-fora da história do futebol no Brasil. Aguardem o pós-copa para ver os mesmos apresentadores mediando debates sobre a questão acima: o que teria acontecido com o país do futebol?

  2. País democrático? Cadê???

  3. Só porque ela quer. Aqui é o Brasil e vivemos em um país democrático. Gringos sem noção!

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