Imigração produz desemprego?

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Nos Estados Unidos, um relatório contraria o senso comum e demonstra que acolher estrangeiros gera postos de trabalho para os nacionais

Por Carolina Mazzi

Em tempos de crise como hoje, as políticas anti-imigração dos países desenvolvidos estão cada vez mais severas. Os Estados mais conservadores têm apoio popular para aprovar leis que expulsam, dificultam e impedem a entrada de estrangeiros, até mesmo as pessoas altamente qualificadas. Com a premissa de que o desemprego é culpa do alto número de estrangeiros nos países, as políticas têm contribuído para o aumento de uma onda de xenofobia e preconceito que se alastra pelo hemisfério norte.

Mas um relatório da American Enterprise Institute and the Partnership for a New American Economy lançado na última terça-feira (20/12) sugere que o debate em relação aos imigrantes deveria ser diferente, pelo menos nos Estados Unidos. Segundo o documento, a imigração de pessoas altamente qualificadas contribui na criação de empregos para norte-americanos. A entidade afirma que os estrangeiros incentivam a inovação, a competitividade e tendem a abrir negócios com mais frequência que os nativos, criando mais ocupações e oportunidades. A cada cem vistos aprovados para estrangeiros, cerca de 183 empregos são criados para os norte-americanos, segundo o documento.

The American, que publicou os resultados da pesquisa, afirma que ao invés de incentivar a imigração, as atuais políticas imigratórias americanas tendem não só a dificultar a entrada de estrangeiros, como também de expulsar os que já estão inseridos no país. A demora para conseguir um visto e o green card, tem levado muitos imigrantes a retornem para os seus países de origem ou buscar novas oportunidade em economias em ascensão.

Com o aprofundamento da crise econômica no país, o número de pessoas que tentam atravessar a fronteira dos EUA com o México é o menor registrado nos últimos 10 anos. Com isso, muitos agricultores têm reclamando da falta de mão de obra para a colheita nas fazendas do sul, que tem gerado desperdício e prejuízo para os donos das terras. Norte-americanos.

 

 

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