Os planos de saúde voltaram atrás?

.

A Abramge (uma associação que os representa) decidiu apoiar o arquivamento do projeto que altera a lei dos planos… Será que voltaram atrás?

Essa e outras notícias você confere aqui embaixo, onde publicamos todo o conteúdo da newsletter de hoje. Ela traz os temas mais importantes dos principais veículos nacionais e internacionais. Espia só.

(Quer se inscrever e receber  de manhã cedinho por e-mail? Clique aqui)

Se inscreveu e não recebeu? Dá uma olhada na sua caixa de e-mail. A news tem ido parar na aba “promoções”.

 

UÉ…

Os planos de saúde parecem ter voltado atrás. A Abramge (uma associação que os representa) decidiu apoiar o arquivamento do projeto que altera a lei dos planos, muitíssimo criticado por várias instituições de defesa da saúde e do consumidor (um dos críticos, Mario Scheffer, fala disso neste vídeo).

Estranho? Nem tanto. Segundo a Folha, a associação não quer deixar de mudar a lei, só acha que é preciso tornar a discussão  “mais limpa”. O texto reúne mais de 150 projetos sobre o tema e alguns já não fariam mais sentido.

DISPUTAS E DISPUTAS

A disputa de grandes corporações pela água está no centro de um tabloide lançado pelo Brasil de Fato e o Movimento dos Atingidos por Barragens. A publicação foi feita especialmente para o Fórum Alternativo Mundial da Água, que acontece agora, entre os dias 17 e 22, em Brasília. É alternativo porque é a a contrapartida popular ao Fórum Mundial da Água, também conhecido como Fórum das Transnacionais.

Por falar nele, na semana passada o gerente da Agência Brasil em São Paulo foi demitido depois que uma reportagem da EBC desagradou a Agência Nacional  de Águas. Olha isso: a EBC (que é pública, né? então devia ter independência editorial…), tinha  que produzir só conteúdos favoráveis ao Fórum Mundial e a ANA precisava aprovar previamente os conteúdos antes da publicação.

E este mês a rede Brasil Saúde Amanhã vai fazer um seminário sobre o acesso à água e já está com alguns materiais no site.

ÁGUA DE BEBER?

Só se for com metais pesados, agrotóxicos, medicamentos e hormônios artificiais. Pelo menos é isso que tem na água que chega às torneiras no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Ceará, mesmo depois de passar por estações de tratamento.

PRIMEIRA MORTE

A menina venezuelana de quatro anos que estava com sarampo em Boa Vista (RR) morreu na sexta-feira. O Brasil não registrava casos desde 2015, mas já há 18 pessoas com sintomas e em seis delas a doença foi confirmada.

FEBRE AMARELA

Em São Paulo já são 286 casos e 102 mortos e, só na capital, o número de casos autóctones (vírus contraído lá mesmo) é sete, com quatro mortes. A campanha de vacinação foi prorrogada mais uma vez, agora para dia 16. Metade da meta de cobertura foi atingida no estado (na capital, a taxa foi um pouco maior: 62%).

No Rio, o número de mortes chegou a 51, de 112 casos confirmados. Este sábado foi Dia D da vacinação  no estado mas só 250 mil pessoas foram vacinadas, enquanto a meta era de 500 mil.

E também tem gente levando a doença pra fora: a Sociedade Internacional de Medicina da Viagem diz que cinco turistas foram contaminados no Brasil este ano (e dois morreram).

PREOCUPAÇÕES

A malária voltou a crescer no país, especialmente na região Norte. E, também transmitida por mosquitos, a leishmaniose viral se espalha por municípios de São Paulo.

ESCOLHEM QUEM PICAR?

Escolher, os mosquitos não escolhem. Mas as condições ruins de vida são determinantes para a multiplicação deles – e para que as pessoas tenham menos chances de sobreviver a doenças como febre amarela e dengue. Essa discussão esteve na 18ª Conferência Internacional de Doenças Infecciosas, aqui do lado, em Buenos Aires, de quinta a domingo.

Quase ao mesmo tempo, em Brasília, terminou sexta-feira a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde. Os delegados votaram propostas que devem compor a Política Nacional para a área (que envolve vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental e em saúde do trabalhador).

CANNABIS POLÊMICA

Uma associação brasileira (Cannab) entrou na Justiça da Bahia para ter o direito de pesquisar, cultivar e produzir óleo de maconha para fins medicinais. A liminar foi feita em nome de 50 pacientes com doenças como Alzheimer, câncer e microcefalia. Hoje, no Brasil, é possível importar medicamentos à base da substância (chamada canabidiol),  mas só uma entidade – a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança, da Paraíba – tem permissão para produzi-lo.

UM JEITINHO BEM ESTRANHO

Ela atinge 200 milhões de pessoas por ano, mas mesmo assim não é uma doença que atraia grandes recursos para pesquisa. É que a esquistossomose é uma das chamadas doenças negligenciadas, que afetam populações e lugares pobres. Para levarem as pesquisas adiante mesmo sem muito dinheiro, pesquisadores lançam mão de estratégias questionáveis – como o uso de voluntários que recebem uma graninha para participarem dos experimentos.

Na Holanda, 12 deles ganharam o equivalente a pouco menos de R$ 4 mil e aceitaram hospedar vermes em seus corpos por três meses. A ideia era desenvolver uma vacina para a esquistossomose.

SAÚDE MENTAL

“Há o risco de esse modelo ficar centrado em farmacoterapia, psicoterapia e prescindir das intervenções na comunidade. Esse modelo clínico tradicional não dá conta de toda a complexidade das questões de saúde mental”. A afirmação é do coordenador de Saúde Mental de Ribeirão Preto, Marcos Vinícios dos Santos, sobre as mudanças na política de saúde mental. Foi na Rádio USP.

MENTIROSA

Personagens e brindes para atrair crianças, etiquetas de ‘rico em fibras’ para atrair adultos. A indústria de alimentos joga pesado e com uma publicidade “enganosa e abusiva”, na avaliação da nutricionista Ana Paula Bortoletto, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. Em entrevista ao IHU on-line, ela fala, entre outras coisas, sobre a rotulagem dos produtos.

PEDIU PRA FALAR

Fora da prisão há quase um mês, o ex-secretário de saúde do Rio, Sérgio Côrtes (preso em abril durante a operação Fratura Exposta, investigado por desviar milhões de reais em licitações para a compra de próteses), pediu para ser interrogado. Ele disse que transferiu R$ 1,5 milhão à Odebrecht. Acusou ainda Sergio Cabral e Pezão (ex-governador e governador do Rio, respectivamente), de receber dinheiro de Ronald Carvalho, dono de empresa que fornece módulos para UPAs e clínicas de família.

Côrtes, porém, não respondeu a nenhuma pergunta do MPF.

MAIS TIPOS

Pesquisadores defendem que o diabetes passe a ser classificado em cinco tipos, e não em apenas dois, como acontece hoje. Eles alegam que isso pode melhorar o diagnóstico e a prescrição de tratamentos, que  seriam dirigidos para pessoas com características comuns.

FICHA LIMPA, POR FAVOR

Várias entidades se manifestaram contra a nomeação de um ‘ficha suja’ para a subsecretaria de planejamento e orçamento do Ministério da Saúde. É Márcio Moreira, ex-deputado e ex-prefeito de Sete Lagoas (MG), condenado pela Justiça Eleitoral no ano passado.

APOIO BRITÂNICO

Dois projetos da USP sobre sistemas de saúde vão ter apoio financeiro britânico: um é voltado à inclusão de pessoas com deficiência no SUS, e o outro vai investigar o impacto da crise econômica no sistema brasileira.

Leia Também:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *