2017 foi um dos piores anos da história para o povo brasileiro: mais de 12 milhões de desempregados, a volta do terror da fome, redução ou fim de programas sociais (veja aqui também). Para os banqueiros e seus associados, os rentistas, foi uma festa de gala: o lucro dos três maiores bancos no ano passado foi de R$ 53,8 bilhões, mais de duas vezes o orçamento do Bolsa Família para 2018, de R$ 28,7 bilhões. Em cinco anos, o lucro dos bancos saltou nada menos que 127%.
Por Mauro Lopes
Os banqueiros e rentistas gargalham, às custas do povo brasileiro. Enquanto 2017 passa à história como um dos piores anos para os mais pobres do país, o Itaú, Bradesco e Santander tiveram em 2017 um lucro de R$ 53,8 bilhões, 20% superior ao lucro do ano anterior. Isso ao mesmo tempo em que o Bolsa Família sofreu um corte de R$ 1 bilhão e seu orçamento, o primeiro em termos nominais em desde sua criação em 2003 e o salário mínimo foi estabelecido em R$ 954,00, retornando ao mesmo valor real de janeiro de 2015.
De um lado, um punhado de famílias brasileiras que controlam o Itaú e o Bradesco e espanholas que controlam o Santander, além deles, mais 121 mil sócios do Itaú e 321 mil do Bradesco -não some os dois números, pois milhares são sócios dos dois bancos. Esse grupo embolsou os quase R$ 54 bilhões. De outro, as 12,7 milhões de famílias participantes do Bolsa Família -que, de fato, beneficia nada menos que 21% da população do Brasil (cerca de 40% da população), assim como as 48 milhões de pessoas que têm seus ganhos referenciados no salário minimo.
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