Cristãos católicos que vão às missas em todo mundo nesta quarta (28 de setembro) ou aqueles que rezam a liturgia do dia em suas casas, escolas, a caminho do trabalho deparam-se com o livro de Jó (temos lido o livro de Jó desde a segunda-feira e seguiremos com ele até a missa do sábado).
A história de Jó é a da jornada da fé em meio à vida, que para a quase totalidade da humanidade está longe de ser um conto de fadas. No início do livro somos apresentados a um homem rico, próspero, que terá sua fé testada depois de despojado de tudo -Jó.
A leitura de hoje é impactante. Pois é a apresentação da essência da fé.
Diz Jó no capítulo 9, num de seus discursos reflexivos sobre a relação com Deus em meio a enormes sofrimentos e desgraças:
“Passa perto de mim e não o vejo, vai embora e não o percebo” (v. 11) e, a seguir: “Se eu clamo e ele me responde, não creio que tenha escutado a minha voz” (v. 16).
Isso é a fé. Caminhar na escuridão. Como Deus me vê se eu nunca o vejo? Como saber se ele me escuta se ele é o grande silêncio? Como crer que ele de fato existe se estou cercado de aflições e dificuldades e sofrimentos e ele não se manifesta?