Você acredita nas “matérias” e comentários cada vez mais frequentes na velha mídia, segundo as quais Putin aliou-se a Trump para influenciar as eleições norte-americanas? Então leia, por favor, um artigo (http://bit.ly/macartismo) publicado há uma semana, em The Nation, por Stephen Cohen, editor associado à revista e professor emérito das universidades de Princeton e Nova York. Abismado com o volume gigantesco de propaganda anti-russa nos jornais e sites norte-americanos (inclusive “alternativos”), Cohen concentra-se em dois pontos.
Primeiro, ele desconstroi, um a um, os seis “argumentos” que supostamente “demonstrariam” a aliança. Trump fez elogios a Putin? Saiba, então, o que Roosevelt falou de Stálin, e o que Bill Clinton disse de Boris Yeltsin — inclusive comparando-o (favoravelmente…) a George Wasgington e Abrahan Lincoln. Hackers russos ligados ao Kremlin invadiram o servidor de emails do Partido Democrata? Fora a lenda, não há evidência alguma a este respeito — e sobram sinais de que as mensagens comprometedoras a Hillary Clinton foram vazadas por gente de seu entorno, ou pelas agências de espionagem dos próprios EUA.