Rrose Sélavy: cinco anos de uma banda incomum

140105-RroseGrupo de Belo Horizonte lança, na internet, seu novo álbum, “Bossa Punk”. E revela, no texto abaixo, suas influências musicais e poéticas
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Por Rrose Sélavy

Madame Rrose Sélavy é uma banda de “eletro frevo bossa punk” que comemora cinco anos de lançamento do seu primeiro álbum demo Duchamp C’est La Vie (2009). São frutos frutos da geração digital, na qual as novas tecnologias possibilitaram muitas criações inventivas, cheias de erros, surpresas e experimentações. Com ações também na produção de vídeos, instalações sonoras e visuais, além de curtas e longas, a banda é um grupo de amigos e parceiros que há mais de dez anos produz audiovisual nas artes. A música era uma experiência paralela e complementar.

A partir de 2007 é que foi se intensificando e caminhando para a canção. O grupo já tinha experimentado de tudo, feito vários grupos musicais, todos bem experimentais e com a pegada punk. Duchamp para nós é o punk DIY (do inglês do it yourself, ou faça você mesmo) das artes. Existem outras referências, mas ele tem a ironia que gostamos de experimentar em nossas músicas e vídeos. Uniu-se essas referências com a escola brasileira do pop experimental, entre os quais Mutantes, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé, Akira S e As Garotas Que Erraram, Karnak, Os Mulheres Negras, Pato Fu, entre outras. E também acrescentou-se a poesia marginal de Ana Cristina Cesar, Leminski, Chacal, Cacaso… Temos influência também da cultura popular, no sentido de absorver tanto o repente, o frevo e o brega sem soar folclórico.

O funk e o hip-hop também moram nesse caldeirão. Em 2014 celebramos meia década de experimentações sonoras feitas em casa, escancarando processos e a curtição em aprimorar nossos sons, aperfeiçoando timbres, arranjos e composições no melhor estilo “faça você mesmo”. Para iniciar as sessões, produzimos nosso oitavo ábum/bootleg “Bossa Punk (2014)”, uma compilação que traz versões inéditas e revisita composições feitas por Tuca e Lacerda JR nesses anos de parceria que abraçaram também Alex Pix e Ana Mo. A opção pelo violão sem bases eletrônicas veio como uma referência a forma de criação de várias músicas, e ao incluí-las no álbum (como faixas Extras) em seu estado bruto e visceral, confessam o momento do primeiro encaixe entre letras e melodias e o registro dos pontos de partidas. Nesse ano a banda segue sem saber “o que irá acontecer na bolsa de valores”, mas sem perder o deboche jamais.

Pra Ouvir & Baixar (Vários Formatos) http://madamerroseselavy.bandcamp.com/album/bossa-punk

Pra Baixar Completo Bossa Punk (2014) + Extras (320 kbps) https://mega.co.nz/#!ZloADJgB!IupfhB6n5z5EmcQjnrvbaka_KbNya-qbVXYg55E-NMg

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