CRISE EM BRASÍLIA — Ministro do STF rechaça convocação do Exército

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Marco Aurélio Mello se diz surpreendido. Presidente da Câmara também garante: “é excesso, sem dúvida nenhuma”

Ao saber que o presidente Michel Temer autorizou o uso das Forças Armadas contra manifestante, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse estarrecido: “Espero que a notícia não seja verdadeira”.

Marco Aurélio relatava seu voto na sessão da plenária do STF. “O chefe do Poder Executivo teria editado decreto autorizando uso das Forças Armadas no Distrito Federal no período de 24 a 31 de maio”, disse preocupado.

A decisão do governo foi anunciada na tarde desta quarta pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. “Atendendo à solicitação do senhor presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, mas também levando em conta uma manifestação que estava prevista como pacífica”, alegou Jungmann.

No entanto, o presidente do Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não quis assumir a bronca e tirou, rapidamente, o corpo fora: “o caminho que ele [Temer] tomou é uma decisão do governo, não é meu”. Maia explicou mais tarde ter pedido a colaboração da Força Nacional, junto com a Polícia Militar do Distrito Federal, visando “garantir a segurança tanto dos manifestantes como daqueles que trabalham nos Ministérios e no Congresso”.

“O que tiver base legal, o presidente pode tomar decisão com base em sua equipe de segurança”, declarou Maia ao G1, acrescentando: “O decreto, com validade até o dia 31, é um excesso, sem dúvida nenhuma”.

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