Metrô funciona com operadores sem treinamento adequado

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De acordo com sindicalistas, o Metrô age com irresponsabilidade e expõe usuários aos riscos

Por Vinícius Gomes Melo

No início dessa tarde de greve geral no Brasil, o governo do Estado de São Paulo informou que o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) voltaram a funcionar parcialmente.

Na linha Azul do Metrô, que liga a zona norte à zona sul, os trens circulam entre as estações Ana Rosa e Luz, com exceção da Sé. Na linha 2 (Verde), funciona o trecho entre Ana Rosa e Clínicas. A linha 4 (Amarela), e a linha 5 (Lilás), operam normalmente. A linha 3 (Vermelha), uma das mais movimentadas que liga as zonas Leste-Oeste da cidade, segue paralisada.

No entanto, segundo fontes junto ao Sindicato dos Metroviários, isso é uma tentativa perigosa do Metrô. “Mesmo com adesão à greve de parte dos supervisores, o Metrô insiste em colocar estes [outra parte dos supervisores], com treinamento precário, expondo usuários aos riscos de operarem sistema sem o devido treinamento. Além disso, se houver falhas não haverá quem normalize, podendo causar transtornos”.

Ainda de acordo com informações dos metroviários, estes supervisores que estão operando as linhas não têm treinamento adequado, além da pouca experiência e pouca prática operacional, pois alguns ficam até um ano sem pegar um trem para operar. “Além desse absurdo, [o Metrô] está fazendo com que esses supervisores trabalhem mais do que sua jornada, pois entraram a noite e continuam trabalhando, ou seja, com desgaste físico e mental, além de prejudicial à saúde desses, pode colocar o sistema em risco também, pois operar o sistema metroviário requer muita atenção”.

Outra situação de risco de acidente apontada acontece por conta do setor de manutenção estar em greve também. “Se houver algum acidente, a manutenção aderiu à greve, então é um risco a mais, porque em caso de alguma falha, não terá manutenção para atuar. O que está sendo operado é com esse contigente de supervisor e mesmo assim defasado, pois muitos deles aderiram à greve”.

De acordo com o sindicato, tanto com os metroviários como os ferroviários seguem com 100% de adesão à greve.

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