Para ver a África sem preconceitos

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Jornalistas brasileiros que descreveram continente além dos estereótipos preparam nova viagem, por outros países. Precisam de apoio colaborativo para concretizar projeto 

Por Bruna Bernacchio

Uma plantação de esculturas, semeada por uma comunidade de artistas. A história de uma mulher que plantou mais de 51 milhões de árvores, mobilizando 400 comunidades do Quênia. A Constituição de um país reescrita por seu povo. Isso parece África pra você?

Se antes de conhecer o continente os jornalistas brasileiros Flora Pereira e Natan de Aquino apostavam — ainda meio às escuras — que havia vida além da fome, miséria e conflitos mostrados vigilantemente pela mídia brasileira, agora eles têm certeza. Em 2012, Flora e Natan passaram sete meses na África, conhecendo e relatando experiências quase desconhecidas no resto do mundo.

Executaram o Projeto Afreaka, financiado colaborativamente por meio do site Catarse. Percorreram oito países do sul do continente. Produziram mais de 90 reportagens, centenas de fotografias artísticas e ilustrações próprias. Uma seleção deste material foi reproduzida por Outras Palavras e pode ser lida aqui. Há textos sobre culturas tradicionais (1 2 3 4); formação de cooperativas de caça e pesca (em Botswama);  turismo sustentável e artesanato só de mulheres, na Namíbia rural. E dezenas de entrevistas, uma com Mia Couto filosofando sobre as identidades africanas.

Agora, os dois jornalistas, novamente por financiamento colaborativo, querem continuar sendo olhar revelador. Nessa segunda jornada, de seis meses, percorrerão estradas da Etiópia, Angola e oeste africano. Prometem também duas novas seções em seu site — uma de pequenas notas e artigos e outra de dicas de artistas e eventos ligados ao tema –, e uma página colaborativa aberta pra quem quiser mandar artigos sobre cultura africana.

É possível apoiar o novo projeto da dupla com valores a partir de R$ 10. Os jornalistas oferecem contrapartidas: de fotografias, pôsteres e materiais exclusivos do projeto até workshops de mídia livre e consultorias. Restam apenas 17 dias para que você conheça em detalhes — e apoie — este projeto singular.

afreaka

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3 comentários para "Para ver a África sem preconceitos"

  1. JOANA DARC AGUIAR DE SOUZA disse:

    Os artigos são mto interessantes. É uma temática que me interessa e que a mídia convencional jamis irá enfatisar
    . O criador da Terapia sistêmica Bert Hellinger se inspirou nos Zulus, com quem conviveu em sua prática missionária. Gostaria de contribuir com os jornalista pesquisadores.Joana Aguiar

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