Primavera Brasileira ou golpe de direita?

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Perguntas e respostas sobre um movimento que está mudando a cena do país – e cujo futuro, aberto, será decidido também por você

Por Antonio Martins Imagem: Ninja

“O Brasil não é para principiantes”, disse certa vez o compositor Tom Jobim. A sabedoria destas palavras está ecoando de novo a cada dia, nas duas últimas semanas. Entre 6 e 19 de junho, uma onda avassaladora de protestos de rua resgatou a ideia de que as lutas sociais valem a pena e marcou a emergência de uma cultura política de autonomia, redes sociais e horizontalidade. Um dia depois, as manifestações que deveriam celebrar este resgate foram em parte capturadas. Resvalaram para episódios de autoritarismo e intolerância, depois que a crítica às injustiças e à ausência de direitos foi direcionada contra os governos de esquerda e seus limites (vale ler este texto do repórter Tadeu Breda). Muitos dos que haviam se manifestado desde o início chocaram-se e recuaram. Foi inteligente, mas é hora de um novo passo. As ruas não se calarão, se quem luta por justiça estiver afastado delas. É preciso – e é possível – disputá-las. Estes textos tentarão explicar por quê e como, na forma urgente e imperfeita das perguntas e respostas.

1. É possível falar em “Primavera Brasileira”?

2. Há no ar uma tentativa de golpe antidemocrático?

3. Como foi possível converter manifestações autônomas por direitos em territórios de preconceitos e violência?

4. Por que a tentativa de capturar os protestos é frágil e pode ser vencida?

5. Que temas permitem retomar uma pauta de direitos e transformações?

6. Que são as Assembleias Populares e como elas podem preparar uma nova fase da mobilização?

7. Que revela a postura de Dilma e como os movimentos podem tirar proveito dela?

8. Por que o Brasil estará diante de uma encruzilhada, nos próximos meses? Que papel jogará a mobilização social ?

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