Universidade de Essex ocupada contra privatizações

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Meses depois de questionarem terceirização de serviços, estudantes britânicos vão à luta e recebem apoio de personalidades como Noam Chomsky

Conhecida internacionalmente pela excelência de sua pesquisa e ensino, a Universidade de Essex pode se destacar também pela resistência contra as privatizações. Desde 3 de fevereiro, centenas de estudantes ocuparam um dos prédios da instituição — a “Bramber’s House”. Fizeram-no como “último recurso” para evitar algo que no Brasil tornou-se muito comum — a transferência de serviços universitários para empresas privadas que promovem degradação das atividades e achatamento de salários. Numa Europa em que o ataque aos serviços públicos provoca cada vez mais tensões, receberam apoio imediato de personalidades como o linguista Noam Chomsky, o escritor Tarik Ali e o diretor de cinema Peter Capaldi, premiado com o Oscar.

A campanha está relatada em jornais britânicos como The Guardian e The Independent — segundo os quais o movimento cresceu, nos últimos dias. Desde maio do ano passado, os estudantes questionam a decisão da universidade, que privatizou serviços como alimentação e limpeza. Cerca de 10% dos funcionários foram demitidos. A instituição jamais ofereceu qualquer resposta aos questionamentos até a ocupação. Depois dela, o vice-chancellor Michael Farthing ofereceu abertura de diálogo, desde que os estudantes deixassem “Bramber’s House”. A proposta foi negada.

Occupy Sussexuma página no Facebook registra parte das iniciativas da ocupação, que também tem site próprio. No final de 2012, uma ação de vários meses contra cortes de serviços e tarifas mobilizou milhares de estudantes britânicos (leia texto em Outras Palavras).

 

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