Namíbia: pela sustentação da vida

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O país, que declarou como reserva ambiental 30% do seu território, se desenvolve em torno de unidades de conservação e iniciativas de desenvolvimento comunitário para o turismo sustentável

Por Flora Pereira e Natan de Aquino, do Projeto Afreaka

Entre as principais preocupações namibianas está, sem dúvida, a preservação do meio ambiente. Viajar pelo país significa se deparar continuamente com iniciativas e projetos sustentáveis. E não faltam motivos para os visitantes embarcarem na ideia. Para qualquer passeio existe uma opção ecológica e, em alguns casos, o ecoturismo é  a única alternativa.

O país, que declarou como reserva ambiental 30% do seu território, possui dentro de seus 825 km² de área oito grandes parques nacionais abertos para visitas, sendo os principais destaques e também os mais extensos o Parque Etosha e o Namib-Naukluft Park. Este último, com nada menos do que 50 mil km², abriga o deserto mais antigo do mundo.

Pegando carona na onda, governo, instituições privadas e organizações não governamentais começaram a investir em diversos programas de desenvolvimento que acoplam a ideia de preservação. Entre as iniciativas de mais destaque estão as unidades de conservação, que unem a ideia de amparo à vida selvagem e o desenvolvimento da população rural.

Desenvolvida pela Organização IRDNC – Integrated Rural Development and Nature Conservation –, a unidade de conservação trata do envolvimento direto das populações locais na conservação de suas regiões e se baseia em três conceitos: melhor gestão dos recursos naturais por parte dos próprios usuários, desenvolvimento local econômico e diversificado e crescimento de uma sociedade civil forte nas regiões mais remotas da Namíbia. Hoje, 50 comunidades rurais já estão registradas e cerca de outras 30 estão sendo estabelecidas em todo o país, envolvendo diretamente 250 mil pessoas e 12 milhões de hectares.

Outra moda pegando no país são iniciativas de desenvolvimento comunitário para o turismo sustentável (no site do Projeto Afreaka você pode saber mais sobre algumas delas, como a Penduka e o Katutours). A organização NACOBTA – Namibia Comunity Based Tourism Association – trabalha com a formação de populações rurais em turismo, desenvolvimento, orientação de visitas guiadas, marketing e negócios e atualmente possui ao redor do país 42 projetos ativos. A maioria, além de oferecer opção de quartos e campings, também trabalha com gastronomia, acomodações e atividades tradicionais – de acordo com a região, uma experiência diferente. Turismo sustentável na Namíbia está literalmente na crista da onda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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4 comentários para "Namíbia: pela sustentação da vida"

  1. Yara Ledru disse:

    Grande Embaixador! Por onde andas? Forte abraço 🙂

  2. Econegócio que respeita as tradições populares e gera riqueza para o pís eis um exemplo a ser estudado , adaptado e seguido por outros países, inclusive aquele que sediará a próxima Copa do Mundo e as próximas Olimpíadas.

  3. NAMIBIA está de parabéns. Seus governantes conhecem de fato a importância do MEIO AMBIENTE, como forma de preservação da diversidade da vida no PLANETA, e, dá sua contribuição e seu importante exemplo pra o MUNDO. A lição do chefe indígena SEATTLE em CARTA, em 1854, ao então presidente dos EUA que queria COMPRAR AS TERRAS dos indios pra estabelecer a "civilização " deu no que deu. O conhecimento científico atual EXIGE outra postura de TODO O MUNDO NA RELAÇÃO DE proteção à VIDA no PLANETA

  4. Namíbia: só indo lá para ver…

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